Governo arrecada R$ 32,7 milhões com leilão de ferrovia na Bahia

Lance único foi dado pela Bamin, que tem direito à concessão da estrutura por 35 anos

  • Por Jovem Pan*
  • 08/04/2021 16h00 - Atualizado em 08/04/2021 22h09
Instagram/Ministério da Infraestrutura Certame de lance único foi realizado na sede da B3, em São Paulo Certame de lance único foi realizado na sede da B3, em São Paulo

A Bahia Mineração S.A (Bamin) levou a concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), entre os municípios baianos de Ilhéus e Caetité, por R$ 32,730 milhões, em um certame de lance único realizado nesta quinta-feira, 8, na sede da B3, em São Paulo. A compra dá direito à concessão por 35 anos da estrutura, totalizando R$ 3,3 bilhões em investimentos. A companhia também será responsável pela finalização dos 20% restantes da obra, avaliado em R$ 1,6 bilhão. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o empreendimento vai permitir a criação de 55 mil empregos ao longo do prazo de concessão da Bamin. O certame faz parte da Infra Week, a agenda de concessões iniciada pelo Ministério da Infraestrutura nesta quarta-feira, 7, com o leilão de 22 aeroportos, em 12 Estados. A agenda encerra nesta sexta-feira, 9, com a oferta de cinco terminais portuários.

Com 537 quilômetros de extensão, a Fiol 1 tem previsão de começar a operar em 2025, com capacidade inicial de 18 milhões de toneladas de carga, principalmente minério de ferro. A expectativa do governo federal é dobrar essa capacidade em uma década, superando 50 milhões de toneladas até 2035. A ANTT e o governo federal também projetam a concessão da Fiol 2, entre Caetité (BA) e Barreiras (BA), com obras em andamento, e a Fiol 3, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), que aguarda licença de instalação por parte do Ibama. Um corredor de escoamento terá um total de 1.527 quilômetros de trilhos, ligando o porto de Ilhéus, no litoral baiano, ao município de Figueirópolis (TO), ponto em que a Fiol se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.

*Erramos: o valor arrecadado pelo governo foi R$ 32,7 milhões, e não R$ 32,7 bilhões, como informou erroneamente a matéria. O valor já foi corrigido.

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