Guedes minimiza tensões com Congresso e diz que entraves do Orçamento são ‘temporários’

Ministro afirma que acréscimo de emendas parlamentares é problema de coordenação e que não há briga entre Executivo e Legislativo

  • Por Jovem Pan
  • 08/04/2021 13h20 - Atualizado em 08/04/2021 16h14
Fabio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil - 12/03/2021 Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala com o dedo apontando para o lado direito Paulo Guedes é o atual ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro

Ministro da Economia, Paulo Guedes minimizou nesta quinta-feira, 8, as tensões de risco fiscal após a aprovação do Orçamento de 2021 no fim de março por deputados e senadores ao afirmar que não há “briga” entre o governo federal e o Congresso. Guedes disse que é a primeira vez que a União está desenhando o Orçamento junto com o Legislativo e que os entraves após o acréscimo de emendas parlamentares são “temporários” e reflexo da falta de coordenação. “Mesmo com muito barulho sobre crise política, espero que seja só barulho, o sinal é que essa coalização vai aprovar um Orçamento junto. É normal que haja erros aqui e lá, excessos aqui e lá.”

O texto aprovado pelo Congresso prevê cortes em despesas obrigatórias, como pagamento da Previdência, ao mesmo tempo que alavancou as emendas parlamentares para mais de R$ 48 milhões. De acordo com Guedes, o aumento das emendas impositivas é uma forma dos congressistas estarem “na mesmo foto com o presidente e o ministro” em obras e programas liderados pelo governo federal. Em tom mais áspero, Guedes mandou um recado aos parlamentares ao fim de março pedindo que “acordos e escolhas políticas” caibam dentro do Orçamento. O ministro voltou a defender a responsabilidade fiscal ao dizer nesta quinta-feira que “não podemos concordar politicamente em dar mais do que tem.”

Em fala no 2021 Brazil Summit, organizado pela Brazilian-American Chamber of Commerce, Guedes disse que o Brasil está vacinando mais de um milhão de pessoas por dia contra a Covid-19 e que o país possui condições de se recuperar mais rápido dos impactos causados pela segunda onda da pandemia. “Esperamos que a queda do PIB em abril seja menos intensa do que no ano passado. Vamos ouvir muito de vacinação nos próximos três ou quatro meses e voltaremos mais forte no segundo semestre”, afirmou.

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