Auxílio emergencial: Governo define estratégia para investigar fraudes no pagamento do benefício

Ministério da Cidadania enviou à Caixa 1.303.127 CPFs para bloqueio e verificação

  • 22/07/2020 13h51 - Atualizado em 22/07/2020 15h30
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Bruno Cruz/Estadão Conteúdo Pessoa acessa o aplicativo Caixa tem pelo celular Segundo o presidente da Caixa, 5% das contas aprovadas para receber o auxílio foram suspensas

O ministério da Cidadania, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF), e a Caixa Econômica Federal, anunciou um novo método para investigar e combater fraudes no auxílio emergencial. Em nota publicada nesta quarta-feira, 22, o ministério diz ter enviado 1.303.127 CPFs à Caixa para bloqueio e para que haja uma verificação detalhada. “Não é possível ainda afirmar que esses CPFs sejam considerados cancelados ou inelegíveis para receber o benefício”, diz a Cidadania.

Em entrevista dada nesta terça-feira, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o banco havia suspendido “centena de milhares” de contas poupança digital por suspeita de fraude. Todas elas eram usadas para depósito do auxílio emergencial e movimentadas pelo aplicativo Caixa Tem. O banco não informou a quantidade de contas suspensas, mas, segundo Guimarães, 5% dos aprovados tiveram suas contas bloqueadas. Ainda segundo o executivo, os brasileiros que tiveram suas contas bloqueadas devem ir a uma das agências da Caixa para comprovar sua identidade.

Segundo o ministério, as irregularidades são informadas à Caixa, que verifica se houve fraude ou não. “São os casos em que o Auxílio Emergencial foi entregue a uma pessoa diferente da que possui o direito de receber o benefício. Isso pode ocorrer por clonagem de cartão e acesso indevido a sistemas e contas, entre outras hipóteses.”Ainda de acordo com a Cidadania, o foco da estratégia é identificar grupos criminosos. “Quando não houver indícios de atuação organizada e sistêmica de um grupo, os casos serão encaminhados às unidades da Polícia Federal para investigação pontual. Quando servidores civis e militares estiverem envolvidos, os respectivos órgãos serão acionados para apuração disciplinar”, diz o ministério em nota.

Até o momento, a pasta diz ter recuperado R$ 83,6 milhões pagos a pessoas que não se enquadravam nos critérios para receber o benefício. O ministério informa que qualquer pessoa pode denunciar golpes no auxílio emergencial pelo sistema Fala.Br ou pelos telefones 121 ou 0800 – 707 – 2003.

 

 

 

 

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