Governo registra déficit de R$ 19,8 bilhões em julho e acumula saldo negativo de R$ 73,4 bilhões em 2021

Contas fecharam com rombo de R$ 87,9 bilhões no mesmo mês de 2020

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2021 15h35
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Pixabay Cédulas de real espalhadas Estados do Cosud representam 93% do passivo com a união

As contas do governo central — que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central (BC) e a Previdência Social — registraram déficit de R$ 19,8 bilhões em julho, ante déficit de R$ 87,9 bilhões no mesmo mês de 2020, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 30, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O resultado veio abaixo do déficit de R$ 31,4 bilhões esperado pelo mercado financeiro, segundo o relatório Prisma Fiscal do Ministério da Economia. Em junho, o resultado ficou negativo em R$ 73,5 bilhões, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. O déficit ocorre quando a receita está abaixo do valor das despesas, ou seja, a diferença entre o que entrou e saiu do caixa. Com o número de julho, o resultado acumulado no ano totaliza um déficit primário de R$ 73,4 bilhões, ante déficit de R$ 505,2 bilhões no mesmo período de 2020. O governo tem meta fiscal de déficit de até R$ 271,1 bilhões em 2021.

Segundo a equipe econômica, o Tesouro Nacional registrou superávit de R$ 16,4 bilhões no mês passado, enquanto a Previdência Social teve prejuízo de R$ 36,2 bilhões e o Banco Central fechou negativo em R$ 37 bilhões. “Comparado a julho de 2020, a melhora no resultado primário observado no mês decorre da combinação de um aumento real de 41,4% (+R$ 40,8 bilhões) da receita líquida e de um decréscimo real de 18,1% (-R$ 35,2 bilhões) das despesas totais”, informou o Ministério da Economia. O aumento da receita líquida é reflexo do crescimento de R$ 31,1 bilhões nas receitas administradas, R$ 10,9 bilhões nas receitas não administradas e arrecadação extra de R$ 4,1 bilhões da Previdência Social. Já a diminuição das despesas primárias em julho foi influenciada principalmente pelas reduções nos pagamentos de créditos extraordinários e de apoio financeiro a Estados e municípios. Por outro lado, houve aumento de R$ 18,7 bilhões no pagamento de benefícios previdenciários em virtude da antecipação de parcela do 13º salário, sem contrapartida no mesmo mês de 2020.

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