Guedes defende aumentar isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 2,3 mil

Ministro também afirma que taxação de empresas deve ser reduzida para 25%; valores serão recompostos pela tributação de dividendos

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2021 14h34 - Atualizado em 23/06/2021 17h16
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Ministro da Economia afirma que redução dos impostos para pessoas físicas e empresas será recomposta pela taxação de dividendos Ministro da Economia afirma que redução dos impostos para pessoas físicas e empresas será recomposta pela taxação de dividendos

O governo federal estuda ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 2,3 mil, ante o atual limite de R$ 1,9 mil, informou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira, 23. Segundo o chefe da equipe econômica, a medida poderia atingir 16 milhões de brasileiros. O valor seria recomposto pela tributação de dividendos. “Uma pessoa que ganha R$ 1,9 mil, R$ 2 mil, R$ 2,1 mil, R$ 2,3 mil de salário tem que estar isenta. Vamos pegar oito milhões de brasileiros e quase duplicar essa base de isenção para os mais frágeis porque estaremos tributando lá em cima, de quem recebe dividendos e estava isento até hoje”, afirmou o ministro em um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Guedes também afirmou que a tributação do Imposto de Renda para as empresas deve ser reduzida gradualmente para 25%, com cortes de 2,5% ao ano. Atualmente, a carga tributária está acima de 30%. “Se o presidente for reeleito e o programa econômico seguir, é mais 2,5% e mais 2,5%. Achamos que o imposto para a pessoa jurídica tem que ser no máximo de 25%. A média mundial é de 22%. Em quatro ou cinco ano, reduzindo 2,5%, vamos chegar a 25%.” O ministro citou o aumento da arrecadação de tributos como reflexo da recuperação do Produto Interno Bruto (PIB), e que essa retomada deve ser revertida na diminuição de impostos. O mercado financeiro projeta crescimento do PIB em 5% neste ano, segundo dados do Boletim Focus. De acordo com Guedes, a previsão para o corte de impostos leva em consideração o avanço médio de 3% ao ano. “Talvez o país não vá crescer 5%, 6% todos os anos. Vamos calibrar para 3%, uma taxa estrutural. Se houver excesso, se crescer 6%, 3% nós guardamos e os outros 3% aplicamos na redução de impostos”, disse.

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