Haddad diz que BC tem mandato para cuidar da inflação e já parou de cortar juros

Falas ocorreram durante entrevista para jornalistas em Brasília nesta sexta-feira (9); segundo Ministro da Fazenda afirma que a inflação precisa de uma análise ao longo do tempo

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2024 16h49 - Atualizado em 09/08/2024 16h51
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Haddad Falas ocorreram nesta sexta-feira (9)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que acelerou para 0,38% em julho e está em 4,50% no acumulado de 12 meses, o teto da meta – e disse que é o Banco Central quem tem mandato para gerir a inflação. “Nós estamos acompanhando, tomando as medidas necessárias. O BC tem falado a respeito, o dólar teve uma queda significativa nos últimos dias e a gente espera que esses números convirjam para patamares inferiores. Nós esperávamos, em função do que está acontecendo no mundo, que houvesse alguma mexida na inflação deste ano. Nós vamos acompanhar com calma, o BC já parou os cortes (de juros) e vamos analisar com calma. Tem muita coisa para acontecer este ano ainda, sobretudo no cenário internacional. Temos que ter cautela agora”, disse para jornalistas nesta sexta-feira (9).

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Haddad ponderou que as ações do BC para com os juros agora afetam a inflação de 2026. “Você não vai corrigir a inflação de 2024 aumentando o juro. Você tem que ver a trajetória da inflação ao longo dos meses para saber qual é o remédio adequado para conter um eventual aumento de preços. Inclusive tiveram boas notícias em relação à cesta básica, preços de alimentos. Nós temos que acompanhar sem ansiedade e tomar as medidas necessárias para o Brasil continuar crescendo e a renda do trabalhador continuar subindo”, disse, garantindo que o governo tomará as medidas necessárias para garantir o crescimento do País.

Questionado sobre as medidas de compensação da desoneração a serem incluídas na proposta de Orçamento para 2025, Haddad lembrou da decisão judicial a ser cumprida, que exige que seja apresentada fonte de receitas para bancar essa renúncia fiscal, e disse que ainda vão apresentar alternativas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de discutir o tema com o Congresso.

Ele lembrou que a desoneração custa em torno de R$ 27 bilhões e que isso precisa ser considerado para que o governo atinja as metas fiscais já estabelecidas.

*Com informações do Estadão Conteúdo
publicado por Tamyres Sbrile
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