Haddad retorna a Brasília para tentar acabar com impasse sobre pacote de cortes de gastos

Desde o final de novembro, mais de 20 horas de reuniões foram realizadas com ministros e representantes sindicais para discutir as medidas

  • Por da Redação
  • 10/11/2024 19h52 - Atualizado em 10/11/2024 20h30
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TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Lula e Ministro da Fazenda Fernando Haddad Há resistência de ministros de outras pastas em relação a mudanças propostas por Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retornará a Brasília nesta segunda-feira (11) com o objetivo de avançar nas negociações sobre um pacote de cortes de gastos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde o final de novembro, mais de 20 horas de reuniões foram realizadas com ministros e representantes sindicais para discutir as medidas. O anúncio das propostas pode demorar alguns dias, dependendo das conversas entre Haddad e os presidentes do Senado e da Câmara.

A busca por medidas estruturais que garantam economias permanentes nas contas públicas é uma prioridade para Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Contudo, há resistência de ministros de outras pastas em relação a mudanças que possam impactar suas áreas. Entre as principais propostas em análise estão alterações no Fundeb, no Abono Salarial, no seguro-desemprego e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Embora o governo não esteja considerando desvincular o pagamento do salário mínimo aos aposentados do INSS, a possibilidade de limitar a indexação do salário mínimo a um teto de 2,5% ainda está em discussão. O mercado financeiro estima que a União precisará economizar cerca de R$ 25 bilhões no próximo ano e apresentar mais R$ 30 bilhões em propostas estruturais para restaurar a confiança nas contas públicas.

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Os dados mais recentes mostram que o endividamento bruto do governo atingiu 78,5% em agosto, enquanto o déficit primário foi de 2,26% nos 12 meses encerrados no mesmo mês. A inflação está acima do limite da meta estabelecida, e o Banco Central tem aumentado a taxa Selic, o que pressiona ainda mais a dívida pública. Nesse contexto, o corte de gastos é visto como uma solução essencial para a economia, ajudando a reduzir o déficit e a controlar a inflação. Líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) reconhecem a gravidade da situação econômica, mas afirmam que é preciso encontrar soluções que não penalizem apenas os mais vulneráveis.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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