Heineken suspende produção e venda de cerveja na Rússia
Marca holandesa afirma que invasão à Ucrânia é ‘injustificável’; ação engrossa debandada de marcas ocidentais do país governado por Vladimir Putin
A Heineken anunciou nesta quarta-feira, 9, que vai suspender a produção e venda de cerveja na Rússia em resposta à escalada da guerra na Ucrânia. Em nota assinada pelo CEO Dolf van den Brink, a marca holandesa classificou a ação militar como “não provocada e completamente injustificável” e afirmou que a medida terá caráter imediato. “A Heineken não vai mais aceitar nenhum benefício financeiro derivado das nossas operações russas.” A cervejaria já havia anunciado na semana passada a paralisação de investimentos e exportações ao país de Vladimir Putin. Apesar da suspensão das operações, a empresa afirmou que vai continuar dando suporte aos funcionários russos. “Nós vemos uma distinção clara entre as ações do governo e os nossos empregados na Rússia. Por mais de vinte anos, nossos trabalhadores locais foram membros valiosos para os negócios da Heineken”, informou.
A decisão da cervejaria holandesa engrossa o movimento de debandada de marcas ocidentais do mercado russo em protesto à invasão da Ucrânia. Nesta terça-feira, 8, o McDonald’s anunciou que vai fechar todos os 847 restaurantes que mantém na Rússia. A rede de fast food chegou ao país poucos meses antes do colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e representou um marco do fim da Guerra Fria. A Coca-Cola também informou que vai suspender as atividades no país, enquanto a Unilever afirmou que vai paralisar as importações e exportações.
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