Ibovespa encerra melhor ano desde 2019 com leve ajuste negativo no último pregão

Bolsa brasileira fechou 2024 com alta de 22,28%; dólar encerrou o ano a R$ 4,85, maior queda anual desde 2016

  • 28/12/2023 19h42
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EDI SOUSA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Movimentação em frente ao prédio da B3, no centro antigo de São Paulo Movimentação em frente ao prédio da B3, no centro antigo de São Paulo

O Ibovespa fechou o ano com um impressionante desempenho de 22,28%, marcando o melhor resultado desde 2019. Na última sessão de 2023, o índice teve um leve ajuste negativo de 0,01%, encerrando aos 134.185,24 pontos. Embora tenha superado novamente a máxima histórica intradia, não alcançou o pico nominal de encerramento estabelecido na sessão anterior. Desde 14 de dezembro, a Bolsa de Valores quebrou recordes, registrando apenas três perdas diárias em dez sessões. O mês de dezembro foi particularmente robusto, com um ganho acumulado de 5,38%, sucedendo o avanço de 12,54% em novembro. O último bimestre impulsionou a alta do Ibovespa em 2023, revertendo o modesto ganho de 3,11% em outubro.

No contexto internacional, a sinalização do Federal Reserve para taxas de juros nos Estados Unidos impactou positivamente, contribuindo para a queda dos rendimentos dos Treasuries e fortalecendo o apetite por ações. O dólar encerrou o ano a R$ 4,85, refletindo a melhoria da percepção fiscal doméstica e a redução dos custos de crédito global. Foi a maior queda anual da divisa desde 2016, depreciando-se 8,08% frente ao real. A robusta balança comercial brasileira, com um superávit de US$ 94,179 bilhões até meados de dezembro, contribuiu para ancorar a cotação da moeda brasileira.

A expectativa de início de um ciclo de baixa nos juros nos EUA inicialmente pressionou o dólar, mas um ajuste nos Treasuries reverteu essa tendência. As moedas de mercados exportadores de commodities foram afetadas pela queda do petróleo e do minério de ferro. O IPCA-15 acelerou para 0,40% em dezembro, impactando as expectativas de queda da Selic no mercado de juros. O real, que chegou a bater R$ 4,8710 durante a sessão, encerrou a última sessão do ano a R$ 4,8534, acumulando uma queda anual de 8,08%.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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