Ibovespa fecha acima dos 130 mil pontos e bate 6º recorde consecutivo
Principal índice da Bolsa de Valores brasileira acumula oito pregões de resultados positivos; dólar encerra estável, cotado a R$ 5,037
O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, avançou 0,50% nesta segunda-feira, 7, e fechou aos 130.776 pontos, o sexto recorde consecutivo. O desempenho fez o principal índice da B3 acumular oito pregões seguidos em alta. O bom humor não se estendeu ao câmbio, que fechou praticamente estável, com leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,037. A moeda americana oscilou durante a maior parte do dia e chegou a bater a máxima de R$ 5,070, enquanto a mínima não passou de R$ 5,019. A moeda americana encerrou a semana passada valendo R$ 5,034, o menor valor desde dezembro.
A China divulgou nesta segunda-feira a alta de 28% das exportações em maio, na comparação com o mesmo mês em 2020. O valor veio abaixo do esperado, mas continua indicando a recuperação da segunda maior economia do mundo em meio à reabertura do mundo. Já as importações cresceram 51,1%, o maior salto desde março de 2010. Os investidores também seguiram repercutindo os dados da geração de emprego nos Estados Unidos divulgados na sexta-feira passada. A criação de 559 mil postos de trabalho veio acima dos dados do mês anterior, mas aquém do esperado pelo mercado, que projetava a criação de aproximadamente 675 mil vagas. O número, apesar de positivo, indicou que a economia ainda depende do suporte de estímulos monetários para manter o ritmo de retomada.
No noticiário doméstico, o mercado financeiro revisou para cima a expectativa para a recuperação da economia brasileira em 2021 e renovou a estimativa para a inflação, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira. Economistas e entidades consultadas pelo Banco Central estimaram que o Produto Interno Bruto (PIB) feche o ano com alta de 4,36%, na sétima semana seguida de alteração positiva. Na semana passada, a previsão estimava avanço de 3,96%, enquanto há um mês era de 3,21%. A economia nacional cresceu 1,2% no primeiro trimestre, valor acima do esperado pelos analistas.
A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação brasileira, foi alterada para cima pela nona semana seguida e chegou a 5,44%, ante 5,31% na semana passada, e 5,06% há um mês. O Banco Central persegue a meta inflacionária de 3,75%, com limite máximo de 5,25% e mínimo de 2,25%. A prévia do IPCA foi a 0,44% em maio, o maior valor em cinco anos, e acumulou alta de 7,27% nos últimos 12 meses. O valor integral da inflação do mês será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira, 9.
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