IGP-M acumula alta de 8,24% em oito meses, revela FGV
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou de 1,87% em junho para 0,51% em julho, divulgou na manhã desta segunda-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Assim, o indicador saltou de 6,92% em 12 meses até junho para 8,24%. No ano, o acumulado registra elevação de 5,92%.
No mês, o resultado veio acima da mediana das estimativas do Projeções Broadcast, de 0,49%, mas dentro do intervalo de 0,29% a 0,58%.
Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) desacelerou de 2,33% para 0,50% entre junho e julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também desacelerou de 1,09% para 0,44. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) que passou de 0,76% para 0,72% no período.
IPAs
A desaceleração no ritmo de alta do IGP-M teve bastante influência do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) Agropecuário, que saiu de alta de 3,03% em junho para recuo de 1,83% em junho, conforme informou a FGV. O alívio ainda foi puxado pelo arrefecimento do IPA Industrial, que saiu de 2,10% no sexto mês do ano para 1,30% em julho.
O IPA atingiu 0,50%, ficando bem aquém da elevação de 2,33% em junho. Em 12 meses, o IPA acumula alta expressiva de 10,50%, inferior à de 8,24% do IGP-M em igual período e que ficou em 0,51% em julho (de 1,87%).
Na cadeia produtiva, os Bens Finais justificaram o arrefecimento do IPA, com recuo de 0,15% depois de aumento de 2,58% em junho. Nessa etapa de produção, o destaque foram os alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de elevação de 8,19% para declínio de 11,55%.
O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou alta de 0,99% em julho, ante 1,84% no mês anterior.
Os Bens Intermediários tiveram leve arrefecimento, de 2,42% em junho para 2,11% em julho, com influência de subgrupo suprimentos, que saiu de alta de 4,72% para variação positiva de 2,25%.
Já as Matérias-Primas Brutas tiveram queda de 0,70% este mês depois de elevação de 1,92% em junho. Os itens que mais contribuíram para esse alívio foram: milho (em grão), de alta de 3,70% para recuo de 9,53%; aves, de elevação de 21,22% para alta de 8,12%; e minério de ferro, que passou de retração de 0,06% para declínio de 1,50%).
Em contrapartida, os produtos a seguir pressionaram o índice: leite in natura (de alta de 3,24% para 7,36%), bovinos (de queda de 0,64% para alta de 1,18%) e arroz (em casca) (de alta 2,54% para 4,69%).
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