IGP-M sobe 2,53% em fevereiro e acumula alta de 29% em 12 meses

Entre os responsáveis pelo aumento está o subgrupo de combustíveis para o consumo, que variou de 5,08% para 12,68% no período; conhecida como a inflação do aluguel, a taxa acumula alta de 5,17% no ano

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2021 11h20 - Atualizado em 25/02/2021 13h15
Arquivo/Agência Brasil Moedas espalhadas em cima de uma superfície de cor clara O índice havia registrado queda de 0,04% em fevereiro de 2020 e, na época, acumulava alta de 6,82% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve alta de 2,53% no mês de fevereiro. Entre os principais responsáveis pelo aumento está o subgrupo de combustíveis para o consumo, que registrou variação de 5,08% para 12,68% no período. Com o resultado, a taxa acumula alta de 5,17% no ano e de 28,94% em 12 meses. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgados nesta quinta-feira, 25, o índice havia registrado queda de 0,04% em fevereiro de 2020 e, na época, acumulava alta de 6,82% em 12 meses.

O coordenador dos Índices de Preços do FGV IBRE, André Braz, sinaliza o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que teve variação de 3,28%, como o indicador com maior influência no índice geral. Ele reforça a influencia do aumento da gasolina, que subiu de 6,63% para 17,43%, para a alta dos Bens Finais. No mês, a taxa do grupo variou de 1,25%, sendo o subgrupo combustíveis para o consumo o maior responsável pela mudança. Ao mesmo tempo, Bens Intermediários passou de 2,54% em janeiro para 4,67% em fevereiro, com o subgrupo materiais e componentes para a manufatura em destaque, chegando a 4,16%. No que tange as Matérias-Primas Brutas, a variação foi de 3,72% em fevereiro, o que representa queda na taxa quando comparado ao mês anterior. O recuo foi influenciado pela queda do minério de ferro (22,87% para 2,63%), leite in natura (0,24% para -3,35%) e laranja (2,53% para -5,29%).

Quanto ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a variação foi de 0,41% em janeiro para 0,35% em fevereiro, com cinco das oitos classes de despesas registrando decréscimo. Alimentação (1,52% para 0,18%), Habitação (0,04% para -0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,54% para 0,18%), Vestuário (0,69% para -0,33%) e Despesas Diversas (0,31% para 0,23%) estão entre as contribuições para a baixa. Ao mesmo tempo, outros subgrupos representaram aumento, como Educação, Leitura e Recreação (-1,74% para 0,78%), Transportes (0,73% para 1,45%) e Comunicação (-0,05% para 0,00%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 1,07% em fevereiro, com os três grupos componentes apresentando variações positivas: Materiais e Equipamentos (1,43% para 2,39%), Serviços (0,48% para 1,05%) e Mão de Obra (0,61% para 0,03%). Para o cálculo do IGP-M é considerada a variação de preços de bens e serviços e de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Assim, o resultado é uma média da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

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