Inadimplência bate recorde em outubro e atinge 63 milhões de brasileiros
É o maior índice da pesquisa feita pela Serasa desde julho de 2020; débito médio por pessoa também sobe e vai a R$ 4 mil
O número de brasileiros com contas atrasadas chegou a 63,4 milhões em outubro, o maior registro do ano e o mais expressivo desde julho de 2020, informou o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil publicado nesta quarta-feira, 1º, pela Serasa. A deterioração da capacidade do brasileiro de honrar suas dívidas ocorre em paralelo ao aumento da inflação e à corrosão da renda dos trabalhadores. Conforme o levantamento, o número de dívidas totais no Brasil registrou alta de 2,31% em relação ao mês anterior, totalizando 213.268 milhões de contas. O valor médio da dívida por pessoa passou para R$ 4.000,61, alta de 3,37% na comparação com setembro. Já a mediana por cada conta atrasada saltou para R$ 1.189,38.
Os débitos com bancos e cartões de crédito seguem como os maiores vilões da inadimplência dos brasileiros, responsáveis por 28,7% do total. Na sequência, aparecem as dívidas com tarifas básicas, como contas de luz e energia, com 23,5%. Os débitos no varejo estão em terceiro lugar, somando 13% da totalidade das contas em aberto. Os débitos são divididos praticamente pela metade entre homens (50,2%) e mulheres (49,8%). Já a faixa etária de 41 a 60 anos lidera a lista de contas em atraso, com 34,7% do total. Pessoas com idade entre 26 e 40 anos aparecem na sequência, com 35,8%, enquanto brasileiros com 60 anos ou mais correspondem a 17,1%. Consumidores com 25 anos ou menos fecham a lista com 12,4% do total. O Sudeste (28.577.461) e o Nordeste (15.665.620) concentram o maior número de pessoas negativadas do país. No recorte por Estado, São Paulo, Rio, Minas Gerais, Bahia e Paraná concentram o maior número de inadimplentes.
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