Índice de reajuste de benefícios do INSS sobe 10,2% e eleva teto para R$ 7.087

Mudança ainda precisa ser chancelada pelo governo federal; inflação oficial registra aumento de 10%

  • 11/01/2022 13h43
Agência Brasil/Marcello Casal Fachada do INSS vista debaixo Mudanças nos pagamentos foram divulgadas no Diário Oficial da União

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador usado como referência para reajustes do salário mínimo e benefícios do INSS, encerrou 2021 com alta de 10,16%, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, o indicador encerrou com alta de 5,45%. O registro ficou levemente acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação doméstica, que foi a 10,06% no ano passado. Em dezembro, o INPC desacelerou para 0,73% ante alta de 0,84% no mês anterior. Com a mudança, o teto da dos benefícios pagos pela Previdência Social passara para R$ 7.087,22. Atualmente, o limite é de R$ 6.433,57. O reajuste também vale para os pagamentos realizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O novo valor deve ser chancelado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência.

Caso confirmado, o reajuste da Previdência ficará levemente abaixo do aumento de 10,18% no salário mínimo, que passou para R$ 1.112 a partir de 1º de janeiro de 2021, ante R$ 1.100 no ano passado. A mudança foi aprovada pelo governo federal através de uma medida provisória publicada no dia 31 de dezembro. A diferença entre o INPC e o IPCA é o valor do salário das famílias pesquisadas. O IPCA engloba uma maior parte da população e aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos. O INPC verifica a variação do custo de vida médio apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. Esses grupos são mais sensíveis às variações de preços, pois tendem a gastar todo o seu rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte, entre outros.

 

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