Inflação do aluguel vai a 0,78% em julho e acumula alta de 33,83% em 12 meses

IGP-M volta a ganhar força após desacelerar 0,6% no mês anterior; desde o início do ano, indicador da FGV soma avanço de 15,98%

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2021 10h09
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Kelsen Fernandes/ Fotos Públicas Imóveis na cidade de São Paulo Índice divulgado pela Fundação Getulio Vargas é usado para a indexação do preço dos aluguéis

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) voltou a acelerar em julho ao registrar alta de 0,78%, ante avanço de 0,6% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 29. O aumento faz o indicador usado como base para o reajuste do aluguel acumular alta de 33,83% em 12 meses. Desde o início do ano, o IGP-M soma avanço de 15,98%. Em julho de 2020, o índice havia subido 2,23% e acumulava alta de 9,27% em 12 meses. Segundo a FGV, do lado do produtor, o avanço foi influenciado por variações de efeitos sazonais, exportações e a alta acumulada no preço de rações. O resultado foi puxado principalmente pela alta de 14,28% de adubos e fertilizantes, 2,7% do minério de ferro e 5,74% do leite in natura. “No âmbito do consumidor, os destaques foram os energéticos. A tarifa elétrica avançou 5,87% e o GLP 4,05%”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

Dos três componentes do IGP-M, apenas um teve variação menor em julho, na comparação com o mês anterior. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) — responsável por 60% do IGP-M — variou 0,71%, ante 0,42% em junho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde a 30% do total — teve crescimento de 0,83% em julho, contra 0,57% no mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) — responsável pelos 10% restantes — aumentou 1,24% em julho, ante 2,3% em junho.

Além de influenciar o preços do mercado imobiliários, o IGP-M é usado como base para reajustes inflacionários de companhias telefônicas e energia elétrica, e também é um dos indexadores para contratos de prestação de serviço, educação e planos de saúde. Em comparação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avançou 0,72% na prévia de julho e somou avanço de 8,59% no acumulado de 12 meses. A diferença entre os dois indicadores é explicada pela fórmula da conta: enquanto o IPCA leva em consideração a variação de nove itens de consumo e bens, como alimentação, transporte e educação, o IGP-M é o resultado do IPA, IPC e INPC. Além de agregar itens de bens e serviços, o indicador da FGV também considera matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil, e também itens de commodities, como milho, soja e minério de ferro, que possuem grande influência da variação do dólar.

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