Manifestantes realizam ‘buzinaço’ contra aumento do ICMS na saúde proposto por Doria

Estudo da Fiesp aponta alta de 14% para medicamentos contra Aids e câncer; ato concentra mais de 100 carros e 200 participantes, segundo organizadores

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2021 12h25 - Atualizado em 11/01/2021 12h38
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Reprodução/Jovem Pan Ato iniciou na avenida Paulista após mobilização pelas redes sociais

Manifestantes realizaram um “buzinaço” na avenida Paulista na manhã desta segunda-feira, 11, contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na área da saúde proposto pelo governo de João Doria (PSDB). Segundo os organizadores, participam mais de 100 carros, somando aproximadamente 200 pessoas. O ato teve início às 11h e percorreu os dois sentidos da avenida antes de encerrar em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A manifestação está sendo acompanhada pela Polícia Militar, que bloqueou dois lados de cada sentido da avenida Paulista. Segundo o empresário Eduardo Junqueira, um dos organizadores, a mobilização visa chamar a atenção para o aumento dos convênios médicos após a alta do tributo estadual. “Terá um impacto direto na população com o encarecimento dos serviços”, afirma. Outro manifestante afirmou que o aumento proposto pelo governador irá encarecer uma série de medicamentos. “A área da saúde será bastante impactada. Com o aumento dos remédios, haverá também aumento dos convênios”, afirmou.

Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estima que a retirada de incentivos do governo estadual incidirá no aumento de 14% em medicamentos usados na rede privada para os tratamentos contra Aids e câncer. O aumento dos impostos foi proposto via decreto por Doria e aprovado em outubro pela Alesp. A alta a partir de janeiro de 2021 previa o reajuste dos incentivos fiscais para diversos setores da economia, incluindo alimentos, energia elétrica, produtos têxteis, medicamentos e carros. O aumento generalizado desencadeou uma série de protestos de diversas entidades. Diante da pressão, o governo do estado voltou atrás e revogou o aumento para a produção de alimentos e medicamentos genéricos.

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