Em nova projeção otimista, mercado financeiro estima queda de 5,11% do PIB 2020

Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,52% para o índice

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2020 10h04
Creative Commons/Pixabay Uma pequena torre de moedas prateadas em cima de várias notas coloridas Estados podem pagar até R$ 30 bilhões à União por não cumprir acordo que limita gastos

Os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o ritmo de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central (BC) mostra que a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,31% para queda de 5,11%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,52%. Para 2021, o mercado manteve a previsão do PIB em alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, o número estava no mesmo patamar. A pesquisa trouxe também a projeção para a produção industrial de 2020, que foi de baixa de 6,38% para queda de 6,90%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou para 5,50%, ante 5,42% de quatro semanas antes. O relatório mostra que a estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,00% para 67,50%. Há um mês, estava em 67,25%. Para 2021, a expectativa foi de 69,83% para 69,95%, ante 69,65% de um mês atrás.

A análise do Banco Central aborda ainda a alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 11,70% para 12,00%. No caso de 2021, foi de 2,60% para 2,80%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,73% e 2,80%, respectivamente. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 passou para 15,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, passou de 6,25% para 6,50%. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros. Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do coronavírus, o país terá um cenário fiscal ainda mais difícil.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 55,00 bilhões para US$ 55,15 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi para US$ 53,40 bilhões. Há um mês, estava em US$ 52,75 bilhões. No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 7,50 bilhões, ante US$ 7,75 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 15,60 bilhões para US$ 15,10 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,60 bilhões. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 51,25 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 65,48 bilhões para US$ 66,48 bilhões, ante US$ 65,96 bilhões de um mês antes.

*Com Estadão Conteúdo

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