Mercado revisa alta da inflação para 5% e enxerga taxa de juros a 5,5% em 2021

Estimativa do IPCA se aproxima do teto da meta de 5,25% perseguida pelo Banco Central; economistas e entidades também renovam previsão do crescimento do PIB para 3,09%

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2021 12h58 - Atualizado em 26/04/2021 16h50
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Marcello Casal Jr./Agência Brasil Imagem aérea da sede do Banco Central Colegiado do Banco Central volta a se reunir em outubro com a indicação de acrescentar mais 1 ponto percentual na Selic

mercado financeiro revisou para cima as expectativas para a inflação e a Selic, a taxa de juros da economia brasileira, de acordo com números divulgados pelo Boletim Focus nesta segunda-feira, 26. Economistas e entidades consultadas pelo Banco Central estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação brasileira, feche o ano com alta de 5,01%, a terceira revisão seguida. Há uma semana, a expectativa era para avanço de 4,92%, enquanto há um mês a previsão batia em 4,81%. O valor se aproxima do teto da meta de 5,25% perseguida pelo BC, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. A inflação foi a 6,1% nos 12 meses acumulados em março, quando avançou 0,93%, a maior alta para o mês em seis anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta da inflação refletiu na revisão para cima da Selic, o principal instrumento para o controle do IPCA. As fontes do Banco Central avaliam que a taxa de juros irá fechar 2021 a 5,5% ao ano. Na semana passada, a previsão era 5,25%, ante 5% há um mês. O Comitê de Política Monetária (Copom) alterou a Selic de 2% para 2,75% na última reunião do colegiado e indicou que deve repetir a dose no encontro marcado para 4 e 5 de maio, jogando o taxa para 3,5%.

Os números do Boletim Focus também mostram aumento do otimismo do mercado para a recuperação da economia neste ano. Depois de uma sequência de revisões para baixo, as fontes do BC estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) encerre o ano com alta de 3,09%, ante previsão de 3,04% na última edição. Há um mês, a projeção era alta de 3,18%. A expectativa para o dólar se manteve a R$ 5,40, o mesmo valor da semana passada. Há um mês, a previsão era que o câmbio encerrasse 2021 cotado a R$ 5,33. A moeda norte-americana opera em queda nesta segunda-feira, na casa de R$ 5,45. O dólar fechou a última semana com queda acumulada de 1,5%, a R$ 5,497.

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