‘Muitas privatizações não dependem apenas do Executivo’, diz ex-diretora da Economia
Em entrevista ao Pânico, Marina Helena analisou o desempenho do governo federal na área econômica: ‘Há avanços importantes’
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 16, a economista Marina Helena Cunha Santos, que atuou como diretora do Programa de Desestatização na Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia, analisou o compromisso do governo federal com as privatizações. “Muitas privatizações não dependem só do Executivo, mas também de autorizações legais específicas. É o que acontece, por exemplo, com os Correios. A privatização desta estatal não demanda a elaboração de uma lei por parte dos políticos, mas necessita da autorização legal relacionada à quebra de monopólio”, explicou.
Assumindo postura liberal na área econômica, desde a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defende que muitas empresas estatais devem ser privatizadas. No entanto, a venda de ativos não anda no ritmo desejado pelo governo. Em 2018, o país somava 134 estatais e 88 subsidiárias. Atualmente, são 158 empresas públicas, sendo 45 de controle direto e 113 de controle indireto. O Ministério da Economia pretende privatizar, até o final de 2022, os Correios e a Eletrobras. Mesmo com o ritmo lento, Marina Helena considera que houve avanços significativos. “Nós temos avanços importantes em relação às privatizações, mas também há grandes passos na área econômica como um todo. O maior deles foi a reforma da Previdência. A Lei de Liberdade Econômica e o novo marco legal do saneamento básico são outros exemplos. Apesar disso, ainda precisamos avançar nas reformas tributária e administrativa”, concluiu.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.