Número de milionários no Brasil deve dobrar em cinco anos, indica estudo

Levantamento do banco Credit Suisse estima que a quantidade total deve passar de 266 mil para 572 mil até 2026

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2022 18h51 - Atualizado em 20/09/2022 18h52
Itaci Batista/Estadão Conteúdo Avanço de dois pontos percentuais em preços monitorados puxou revisão de alta da inflação em 2021 Estados Unidos continuam a liderar o ranking em números absolutos, com a China aparecendo em segundo lugar

Representante de cerca de 1% da população mundial, o grupo dos milionários deve crescer no Brasil em 115% até 2026, de acordo com um estudo publicado pelo banco Credit Suisse. O número total deve ir de 266 mil para 572 mil e representa o segundo maior crescimento a nível global. Essa parcela da população possui 49,3% da riqueza nacional. O primeiro colocado é o continente africano, com uma previsão de aumento de 173%. O Brasil também ocupa a 18ª posição no ranking de nações com indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto em 2021. Intitulado Global Wealth Report 2022, o levantamento define como milionários pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão. Segundo os analistas, a rápida ascensão dos milionários está relacionada a uma alta na inflação. Os Estados Unidos continuam a liderar o ranking em números absolutos, com a China aparecendo em segundo lugar. Japão, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá e Austrália completam o ranking. São 62,5 milhões de milionários no mundo todo, segundo o relatório.

“A forte alta nos ativos financeiros resultou em um aumento da desigualdade em 2021. É importante ressaltar que uma análise detalhada da riqueza mediana dentro dos países e em todo o mundo mostra que a desigualdade de riqueza global caiu neste século devido ao crescimento mais rápido alcançado em mercados de países emergentes. A riqueza média global aumentou aproximadamente duas vezes mais rápido que a riqueza global por adulto e muito mais rapidamente do que o PIB global. Nossa previsão é que, até 2024, a riqueza global por adulto deve ultrapassar o limite de US$ 100 mil e que o número de milionários ultrapassará 87 milhões de pessoas nos próximos cinco anos”, relatou, no estudo, a diretora de investimentos do banco, Nannette Hechler-Fayd’herbe.

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