PIB de 2019 é revisado para alta de 1,2% por tragédia em Brumadinho

Inicialmente, IBGE afirmou que economia brasileira havia avançado 1,4% no período; desastre ambiental fez indústria extrativa mineral cair 9,1%

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2021 14h02 - Atualizado em 05/11/2021 17h23
Edmar Barros/Estadão Conteúdo carro soterrado em meio lama após quebra da barreir de Brumadinho, em Minas Gerais Quebra da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, impactou negativamente na economia

O Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 foi rebaixado de 1,4% para 1,2% após revisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira, 5. A mudança foi influenciada pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019. Os impactos econômicos do desastre ambiental levaram a queda de 9,1% da indústria extrativa mineral, ante recuo de 0,9% inicialmente divulgado pelo IBGE. Em valores correntes, o PIB em 2019 foi de R$ 7,389 trilhões, o que corresponde a um PIB per capita de R$ 35.161,70, alta de 0,4%. Em 2019, a agropecuária registrou alta de 0,4%, enquanto os serviços avançaram 1,5% e a indústria caiu 0,7%. O consumo das famílias cresceu 2,6%, já as despesas do governo registraram queda de 0,5%. A taxa de 1,2% em 2019 é a terceira positiva consecutiva após as já registradas em 2018 (1,8%) e em 2017 (1,3%). Essas altas foram insuficientes para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016 (6,7%).

Não são incomuns revisões do PIB após a publicação. O dado é divulgado a cada três meses pelo IBGE, sempre levando em consideração o período dos três meses anteriores. Em 2020, a soma de todos os bens e serviços realizados no Brasil registrou queda de 4,1%, o maior tombo desde o início da série histórica, em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia doméstica e global. Para este ano, o mercado financeiro estima que o PIB vai crescer 4,9%, e que em 2022, avance 1,20%. O indicador registrou queda de 0,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.