IBGE intensifica preparação para Censo 2022

Testes devem ser realizados em todo o país ainda em 2021 para analisar como será feita a coleta de informação, a abordagem e quais equipamentos serão utilizados

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2021 09h34 - Atualizado em 05/11/2021 11h00
Divulgação/Agência IBGE Levantamento foi suspenso em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus Censo foi suspenso em 2020 e 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus e questões orçamentárias; após ser iniciado em 2022, teve entrega adiada para 2023

Após o governo federal anunciar que cortaria parte da verba usada para custear o Censo Demográfico 2022, o IBGE dará início às pesquisas em localidades estrategicamente escolhidas nas 27 unidades estaduais. A primeira etapa vai analisar como será feita a coleta de informação, abordagem e quais equipamentos serão utilizados. Em 2020 e 2021 o Censo não foi realizado por conta do coronavírus. Por essa razão, a próxima edição é de extrema importância para entender como a pandemia e as restrições impactaram o Brasil.

O diretor de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, destaca que a falta de dados nesses últimos dois anos é ruim, mas que era inviável realizar o Censo pela quantidade de pessoas envolvidas e exposição dos envolvidos. “Ter essa defasagem do Censo é nocivo, porque ele tem a função de dar informações, mas tem a função também de calibrar pesquisas. Agora, a gente tem que ter claro que a gente não tinha como fazer um Censo em 2020, não tinha como fazer em 2021, porque é uma que envolve 220 mil pessoas, só de recenseador são 180 mil. Como colocar essa população em campo em plena pandemia?”, questionou.

Em São Paulo, a cidade escolhida para o teste do IBGE foi São Caetano do Sul, no ABC paulista. Serão 250 recenseadores fazendo este trabalho até o dia 10 de dezembro. O bairro Prosperidade, de São Caetano do Sul, foi escolhido por ser um local heterogêneo. O índice de vacinação da população também foi levado em conta na hora da escolha. O prefeito da cidade, Tite Campanella, destaca a importância da pesquisa como fonte de dados para aprimorar políticas públicas. Eu preciso saber se a minha população está envelhecendo mais, se ela está ficando mais jovem, se ela está migrando mais em alguma região do Estado, qual o meu percentual de novos moradores, eu preciso saber disso tudo para planejar o crescimento da cidade, planejar a escola que eu vou dar, planejar o sistema de saúde que eu vou oferecer. É imprescindível que eu tenha esses dados. Se eu não tiver isso, eu não consigo fazer um planejamento adequado”, afirma o prefeito. As pesquisas-testes serão feitas também em regiões quilombolas e indígenas, a partir do dia 25 deste mês.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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