Presidente do BC fala sobre a inflação e diz que preços de alimentos podem subir devido às chuvas no RS

Campos Neto disse que vê “a expectativa de inflação subindo bastante” e que a autoridade monetária tem acompanhado as projeções de cálculos de quanto custará a reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2024 21h52
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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente do BC, Roberto Campos Neto Campos Neto disse que a expectativa do mercado é de expansão maior do que a prevista pelo Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (24) que as expectativas de inflação têm subido, e por diferentes motivos, isso é uma notícia ruim para o Banco Central. “A gente vê expectativa de inflação subindo bastante”, afirmou durante o X Seminário Anual de Política Monetária, do Centro de Estudos Monetários (CEM) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), no Rio de Janeiro. Ele destacou vários fatores para isso ocorrer. “Tem vários fatores, tema de política fiscal, tema externo, junto com tema de credibilidade do Banco Central”, explicou.

Campos Neto relatou que os preços dos alimentos podem subir devido à tragédia climática no Rio Grande do Sul. “A gente começa a pensar se, por causa do Rio Grande do Sul, do que está acontecendo, o preço de alimentação vai ser um pouco mais alto”, declarou o presidente do BC. A autoridade monetária tem acompanhado as projeções de cálculos de quanto custará a reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul, lembrando que algumas contas vão até 2% do PIB. “Isso tem influência no fiscal na frente”, argumentou.

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O presidente do Banco Central mencionou, ainda, o histórico de taxas de juros reais no país, ressaltando que houve melhora recente. “A taxa de juros real está em menor do que foi no passado. (O juro real) Foi muito maior do que os emergentes por muito tempo, agora está praticamente colado. A gente vê que, ao longo do tempo, o Brasil tem sido capaz de navegar com taxas de juros reais um pouco mais baixas”, apontou.

Ele acrescentou que o BC tem uma taxa neutra um pouco menor que a estimada pelo mercado. Quanto ao crescimento da atividade econômica brasileira, Campos Neto disse que a expectativa do mercado é de expansão maior do que a prevista pelo BC. “A gente tem discutido o que isso significa para o aquecimento estrutural da economia”, concluiu.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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