Produção industrial sofre terceira queda consecutiva, com recuo de 1,3% em abril

Com isso, a atividade da indústria ficou 1% abaixo do patamar pré-pandemia; o baixo desempenho foi puxado pelos números negativos da produção de derivados de petróleo e biocombustíveis

  • Por Jovem Pan
  • 02/06/2021 10h16 - Atualizado em 02/06/2021 10h51
José Paulo Lacerda/CNI Trabalhadores operam linha de produção em uma indústria É o terceiro mês consecutivo de queda na produção industrial

atividade industrial brasileira recuou 1,3% em abril, na comparação com março de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira, 2. É o terceiro mês consecutivo de queda, com perda de 4,4% no período. Com isso, a produção industrial fica 1% abaixo do patamar pré-pandemia. No ano, a indústria acumula alta de 10,5% e, em 12 meses, um aumento de 1,1%, após 22 taxas negativas. Em relação a abril de 2020, mês em que a primeira morte por Covid-19 foi confirmada no país, a atividade industrial avançou 34,7%, oitava taxa positiva consecutiva nessa comparação, sendo também a mais elevada da série histórica. O número extremamente alto da comparação se dá pelo fato de que a produção industrial em abril de 2020 estava praticamente paralisada em decorrência das medidas de isolamento social para combater a disseminação do coronavírus.

Desde a segunda metade do ano passado, o crescimento da indústria já vinha mostrando um arrefecimento, mas os altos números de casos e mortes pela Covid-19 voltaram a impactar o setor. “Com a entrada de 2021, o recrudescimento da pandemia e todos os efeitos que isso traz, o setor industrial mostrou uma diminuição muito evidente de seu ritmo de produção. Isso fica claro não só pelos resultados negativos, mas também pelo maior espalhamento desse ritmo de queda”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo. Das 26 atividades do setor, 18 foram atingidas pela queda. O baixo desempenho da produção industrial foi puxado pela retração de 9,5% de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Outro impacto negativo entre as atividades veio de produtos alimentícios, que teve queda de 3,4% na comparação com março de 2021.

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