Servidores do Banco Central decidem continuar greve por tempo indeterminado
Sindicato relata que, no momento, não há negociações para que paralisação seja encerrada
Os servidores do Banco Central decidiram, em assembleia virtual realizada nesta terça, 10, continuar a greve que iniciaram em 1º de abril. A paralisação foi interrompida temporariamente em 20 de abril, mas retomada em 3 de maio, após o fracasso das negociações. Agora, segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), não há mais conversas em andamento com o órgão comandado por Roberto Campos Neto. Os servidores pedem reajuste de 27%, muito acima dos 5% que o governo prometeu para todas as categorias em 2022, e reestruturação no plano de carreiras.
A greve tem afetado trabalhos do Banco Central, como a publicação de indicadores – o Boletim Focus não foi publicado essa semana, assim como a divulgação da PTAX (taxa de câmbio), e houve problemas na assinatura de processos de autorização no sistema financeiro, na realização de eventos e reuniões com o sistema financeiro e outras atividades. A segunda fase de consultas ao dinheiro “esquecido” foi adiada. O Sinal ainda estima que a próxima reunião do Comef (Comitê de Estabilidade Financeira), o desenvolvimento do real digital e a regulamentação da lei cambial também sejam afetados pela paralisação nos próximos dias. Contudo, o funcionamento do Pix não deve ser afetado, e o sindicato se manifestou contra o ‘uso eleitoral’ da ferramenta em nota publicada hoje.
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