Servidores do Banco Central decidem continuar greve por tempo indeterminado

Sindicato relata que, no momento, não há negociações para que paralisação seja encerrada

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2022 19h35
Marcello Casal Jr./Agência Brasil Imagem aérea da sede do Banco Central Servidores do Banco Central pedem reajuste

Os servidores do Banco Central decidiram, em assembleia virtual realizada nesta terça, 10, continuar a greve que iniciaram em 1º de abril. A paralisação foi interrompida temporariamente em 20 de abril, mas retomada em 3 de maio, após o fracasso das negociações. Agora, segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), não há mais conversas em andamento com o órgão comandado por Roberto Campos Neto. Os servidores pedem reajuste de 27%, muito acima dos 5% que o governo prometeu para todas as categorias em 2022, e reestruturação no plano de carreiras.

A greve tem afetado trabalhos do Banco Central, como a publicação de indicadores – o Boletim Focus não foi publicado essa semana, assim como a divulgação da PTAX (taxa de câmbio), e houve problemas na assinatura de processos de autorização no sistema financeiro, na realização de eventos e reuniões com o sistema financeiro e outras atividades. A segunda fase de consultas ao dinheiro “esquecido” foi adiada. O Sinal ainda estima que a próxima reunião do Comef (Comitê de Estabilidade Financeira), o desenvolvimento do real digital e a regulamentação da lei cambial também sejam afetados pela paralisação nos próximos dias. Contudo, o funcionamento do Pix não deve ser afetado, e o sindicato se manifestou contra o ‘uso eleitoral’ da ferramenta em nota publicada hoje.

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