Greve de servidores do Banco Central termina sem reivindicações atendidas
Paralisação se prolongava desde abril; movimento pedia 27% de reajuste salarial e reestruturação de carreiras
Os servidores do Banco Central (BC) aprovaram o fim da greve que realizam desde 1º de abril, confirmou nesta terça, 5, o Sindicato Nacional de Servidores do Banco Central (Sinal). As reivindicações não foram atendidas, mas segundo o presidente do Sinal, Fabio Faiad, não foram abandonadas. “A mobilização vai continuar. Nós vamos elaborar algumas novas estratégias de luta, infelizmente, não posso adiantar ainda”, disse. O movimento pedia 27% de reajuste salarial e reestruturação de carreiras. Contudo, o governo federal não concedeu reajustes a nenhuma categoria em 2022, e a data-limite para determiná-los seria esta terça — a Lei de Responsabilidade Fiscal impede que aumentos ao funcionalismo público sejam concedidos a menos de 180 dias para o fim de um mandato presidencial.
Uma proposta de minuta foi enviada ao Ministério da Economia com a criação de um bônus de produtividade, além de exigência de ensino superior para concursos para o órgão, entre outros pontos, mas está parada na pasta. Na segunda, 4, os funcionários haviam realizado um protesto em frente à sede do BC em Brasília para reforçar as pautas que defendem. Com o fim da paralisação, o BC deve retomar a divulgação de publicações que são importantes para a análise da conjuntura econômica no Brasil.
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