Taxas futuras de juros têm viés de alta de olho no dólar
Os juros futuros de médio e longo prazos tinham viés de alta na manhã desta segunda-feira, 27, reagindo ao dólar. A moeda americana rondava a estabilidade, após iniciar o dia em queda, em linha com a desvalorização do Dollar Index e da moeda americana em relação a divisas de países emergentes e ligadas a commodities no exterior.
A 10 dias da última reunião do Copom do ano, o mercado de juros deve ficar mais focado em avaliar se há chance de a reforma da Previdência ir para votação no plenário da Câmara também na próxima semana. Na sexta-feira, 24, as taxas mais curtas fecharam perto da estabilidade e as demais, em alta, com investidores à espera de novidades sobre a Previdência e indicadores domésticos ao longo da semana.
Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer deve ter alta do hospital, após cirurgia para desobstrução de três artérias, e nos próximos dias poderá retomar as negociações da Previdência. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou no sábado, 25, em entrevista ao Blog do Josias que há “alguma chance” de se chegar aos 308 votos necessários, quatro dias depois de dizer que o governo estava “muito longe” de atingir esse placar. Além disso, Maia continua não querendo se comprometer com uma data para votação.
Nesta segunda, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa a bandeira tarifária do mês de dezembro, sem horário previsto. Já o Relatório de Mercado Focus mostra que a mediana para o IPCA em 2017 caiu de 3,09% para 3,06%. A projeção para o índice de 2018 seguiu a mesma tendência e caiu de 4,03% para 4,02%.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic para o fim de 2017 e 2018 em 7%. A expectativa de alta para o PIB deste ano seguiu em 0,73% pela quinta semana seguida no Relatório de Mercado Focus. Já para 2018, o mercado elevou novamente a previsão de alta do PIB, de 2,51% para 2,58%
O destaque da semana é o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na sexta-feira, dia 1º. Antes, tem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro (quarta-feira), no mesmo dia tem o resultado primário do setor público e os dados da dívida pública, ambos de outubro. Na quinta-feira, o destaque é a Pnad contínua (taxa de desocupação) de outubro.
Mais cedo foi revelado ainda que a mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 5,9% em novembro, um recuo de 0,5 ponto porcentual em relação ao resultado de 6,4% registrado em outubro. O resultado é o mais baixo desde fevereiro de 2008, quando o indicador estava em 5,8%
Às 9h40 desta segunda, o DI para janeiro de 2020 estava em 8,38%, de 8,37% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava a 9,26%, de 9,23% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,06%, aos R$ 3,2282. O dólar futuro para dezembro recuava 0,17%, aos R$ 3,2295. Em Nova York, o dólar recuava a 111,21 ienes, de 111,60 ienes no fim da tarde de sexta-feira; o euro subia a US$ 1,1936, de US$ 1,1929 no fim da tarde de sexta-feira.
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