Tesouro Direto lança novo aplicativo para smartphone

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/03/2018 13h15
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TeroVesalainen / Pixabay Em janeiro, o programa teve 6.424 novos cadastros ativos, queda de 70% na comparação com igual mês do ano passado
O Tesouro Direto lança nesta segunda-feira, 5, um novo aplicativo para quem investe ou quer aplicar em títulos públicos O app permite realizar todas as transações disponíveis no site do Tesouro, como compra, resgates, agendamentos e consultas, bem como comparar títulos com outras aplicações do mercado. A ferramenta estará acessível inicialmente apenas para iPhone. A versão para Android será lançada somente em abril.

Em um cenário atual marcado por juros baixos, fruto de uma taxa Selic de 6,75% ao ano, a menor da história, a iniciativa é um esforço do Tesouro para continuar atraindo os investimentos de pessoas físicas.

Em janeiro, o programa teve 6.424 novos cadastros ativos, queda de 70% na comparação com igual mês do ano passado, com 21.632 novos investidores que efetivamente fizeram aplicação no programa.

Paulo Moreira Marques, gerente de relacionamento institucional do Tesouro, acredita que o app tem força para mudar essa estatística. “Todo mundo quer resolver tudo pelo celular. Deixar o investimento restrito ao computador dificultava”, reconhece.

Além de aumentar a compra de títulos, o aplicativo tem a missão de atrair as mulheres, público ainda tímido no programa e que atualmente representa apenas 27,9% dos novos cadastros. Não à toa o lançamento ocorre na semana do dia mundial da mulher, celebrado na próxima quinta-feira, 8.

Para aproximar as investidoras, o dispositivo contará com uma gerente virtual. Ela vai tirar dúvidas sobre os títulos, mas não indicará aplicações.

Segundo o economista e professor de finanças da FIA, Alexandre Cabral, um dos fatores que dificultam a entrada das mulheres no Tesouro é o seu perfil ultra conservador. “As mulheres pensam muito mais do que os homens antes de aplicar em algum produto”, conta.

Outra explicação é que muitas famílias concentram os investimentos numa conta só, que geralmente está no nome dos homens. Segundo Cabral, isso é um equívoco tendo em vista que se os custos da casa são divididos entre os dois, o natural seria que as aplicações também fossem.

Cabral aconselha ainda o investimento em Tesouro para quem tem pouco dinheiro e quer fugir das altas taxas dos fundos. Uma aplicação de R$ 1 mil por dois anos no Tesouro Selic daria um retorno líquido de R$ 1.112,96. O mesmo valor no Fundo DI com taxa de 2%, por exemplo, renderia R$ 1.079,09. Na poupança, o investidor teria R$ 1.096,73 ao final do mesmo período.

Uso

A nova plataforma está integrada ao simulador de investimentos, lançado no final do passado. Nele é possível comparar títulos entre si, bem como analisar outras opções disponíveis no mercado – poupança, CDB, LCA e LCI.

Após a escolha da aplicação, o investidor adiciona o título ao carrinho, como nas compras virtuais. Outra novidade é a aba “Sonhos”, que permite traçar metas e acompanhá-las pela evolução da carteira.

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