EI volta a ocupar cidade de Palmira e suas ruínas greco-romanas

  • Por Agência EFE
  • 11/12/2016 11h19
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Foto de arquivo de 2010 mostra vista geral da antiga cidade de Palmira EFE Foto de arquivo de 2010 mostra vista geral da antiga cidade de Palmira

Os jihadistas do grupo Estado islâmico (EI) retomaram neste domingo a cidade de Palmira, e suas ruínas greco-romanas, após quatro dias de intensos combates, e mais de oito meses depois que foram expulsos do local, disse à Agência Efe o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdul Rahman.

Os extremistas do EI “controlam totalmente a cidade de Tadmur (nome árabe de Palmira), seu aeroporto, sua área arqueológica e sua cidadela”, disse Abdul Rahman.

Os soldados sírios, que contavam com cobertura da força aérea russa, se retiraram da cidade diante do avanço dos combatentes do EI, segundo um comunicado do OSDH.

Pelo menos 120 integrantes das forças leais ao presidente sírio Bashar al Assad morreram nos combates, acrescentou o OSDH.

Os jihadistas tinham se retirado ontem à noite para os arredores da cidade monumental de Palmira, após terem conseguido controlá-la quase totalmente, diante dos intensos bombardeios russos contra a cidade, que se prolongaram até a madrugada.

Palmira foi libertada no dia 27 de março, após dez meses ocupada pelos jihadistas, que dinamitaram três torres funerárias do século I d.C., o templo de Bel, o templo de Bal Shamin e o emblemático arco do triunfo.

A conquista de Palmira pelo EI, em 20 de maio de 2015, chamou a atenção da opinião pública internacional para a destruição de sítios arqueológicos na Síria e no Iraque, devido às guerras em ambos os países. Além disso, os jihadistas utilizaram a venda de artigos históricos para conseguir financiamento e exibiram sua destruição em vídeos e fotos com fins propagandísticos.

Localizada em um oásis no leste da província de Homs, no centro da Síria, Palmira foi uma das principais atrações turísticas do país até a explosão da guerra civil em 2011.

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