Equador declara situação de emergência em Galápagos por navio encalhado

  • Por Agencia EFE
  • 15/05/2014 17h15

Quito, 15 mai (EFE).- As autoridades do Equador declararam situação de emergência nas ilhas Galápagos perante a presença, na ilha de San Cristóbal, de uma embarcação encalhada que “poderia provocar danos ambientais e uma alteração no frágil ecossistema”, informou nesta quinta-feira o conselho do governo da província.

O navio “Galapaface I”, de bandeira equatoriana, encalhou na sexta-feira passada em Puerto Baquerizo Moreno, capital da ilha, e, embora o combustível e a maior parte de sua carga tenham sido retirados, “ainda se mantém o risco que naufrague, e, por isso, deve ser retirado imediatamente”, afirmou um comunicado do conselho provincial.

O governador de Galápagos, Jorge Torres, disse que, apesar de o combustível ter sido retirado, “segue havendo um mínimo nos encanamentos das máquinas”, assim como parte da carga.

“A embarcação segue encalhada e segue representando um risco ambiental para a reserva marinha de Galápagos e deve sair da área onde está encalhada”, declarou Torres à Agência Efe.

Como resultado do choque contra as rochas que sofreu ao encalhar, o “Galapaface I” apresenta buracos em seu casco que poderiam aumentar devido ao impacto das ondas, acrescentou.

O arquipélago de Galápagos, cerca de mil quilômetros ao oeste do litoral continental do Equador, foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade e é o habitat de várias espécies autóctones de fauna e flora, o que o transforma, além disso, em um dos principais núcleos turísticos do país.

Torres indicou que, até o momento, não houve resposta da seguradora para encarregar-se dos custos derivados das operações, motivo pelo qual, de acordo com os procedimentos estabelecidos, ontem se decretou a emergência, para permitir a ativação dos recursos técnicos e econômicos necessários para os trabalhos.

Além disso, antecipou que, extraoficialmente, se pode considerar que esses trabalhos durarão pelo menos sete dias, segundo as informações que dispõe.

As equipes de gestão de riscos colocaram barreiras de proteção e panos absorventes como medidas preventivas na área no momento no qual o navio encalhou e se proibiu o acesso dos banhistas e a prática de esportes aquáticos na praia de Puna Carola, próxima ao lugar do acidente. EFE

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