Escola é acusada de racismo após pedir “cabelo liso” em alunas para apresentação

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2015 18h17
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Reprodução/Facebook Escola é acusada de racismo após pedir "cabelo liso" em alunas para apresentação de Natal

Um comunicado de uma escola no Jardim Vergueiro, em São Paulo, causou grande repercussão nas redes sociais após pedir que alunas comparecessem a uma apresentação de final de ano com o “cbelo liso e solto”.

O evento será realizado nesta quinta-feira (03) e a Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância de São Paulo vem sendo acusada de racismo após o envio do comunicado aos pais dos alunos.

Por meio de nota, a associação, que possui creches e cursos profissionalizantes gratuitos voltados para o público de baixa renda, lamentou o ocorrido e disse repudiar “qualquer forma de preconceito e discriminação”.

Nas redes sociais, a reação foi rápida e muitos criticaram a escola. “Nossa muito absurdo. Ridículo. Ainda vivemos numa sociedade assim. Aff”; “absurdo total! Quando vi isso a indignação foi imensa. Só que essa escola mexeu com a família errada. Estamos tomando providências pra que isso nunca mais aconteça”, dizem alguns dos comentários.

Confira abaixo a nota na íntegra:

“A Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância e seus educadores repudiam qualquer forma de preconceito e discriminação. Reconhecemos e já esclarecemos sobre o equívoco da mensagem e tomamos todas as medidas administrativas cabíveis para que erros lamentáveis como esse não se repitam e possam ferir os preceitos contidos nas Leis 10639/2003 e Lei 11645/2008.

O ocorrido nos faz ampliar a nossa visão acerca da construção coletiva de uma educação pautada no respeito à diversidade, reconhecendo as identidades de todos, com práticas pedagógicas, materiais e ambientes planejados para combater qualquer forma de discriminação.

Em 2016, continuaremos e ampliaremos o nosso processo de formação nesse sentido, aprofundando a discussão no caminho da construção de um currículo que vise à reeducação das relações étnico-raciais e de gênero. Lamentamos profundamente o ocorrido e reiteramos nossa intenção de manter sempre aberto os canais de diálogo com as famílias e com toda a comunidade”.

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