Especialistas criticam interferência política no setor de Energia

  • Por Thiago Uberreich/Jovem Pan
  • 26/09/2014 11h10
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Marcello Casal Jr/ABr Linhas de transmissão de energia

Insatisfação de técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica, exposta em relatório, revela as interferências políticas equivocadas no setor. No documento, apareceram termos como “desordem” e “soluções heterodoxas” para descrever a atual gestão.

Os funcionários avaliam que a Aneel vem adotando medidas instáveis e ambíguas.

À Jovem Pan, ex-diretor da Aneel, o presidente do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) e professor de eletrotécnica da USP avaliam a siuação.

Em entrevista a Thiago Uberreich, o ex-diretor da Agência, Afonso Henrique Moreira Santos, lamenta o excesso de interferência política. As interferências, segundo Moreira, “quebram a transparência, a isonomia”.

(ouça detalhes de todas as entrevistas no áudio acima)

O ex-diretor da Aneel, Afonso Henrique Moreira Santos, destaca que as agências reguladoras precisam ter independência no governo.

O presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, elogia a postura dos técnicos e alerta que o consumidor vai pagar a conta pelos erros. A ideia é evitar o racionamento de energia “em abril/maio do ano que vem”. Pires acrescenta que as agências reguladoras são órgãos de estado e não de governo.

O professor de eletrotécnica da USP, Célio Berman, afirma que a política energética no país está mal estruturada.Berman cita, por exemplo, a necessidade do governo de socorrer as distribuidoras de energia.

A conta de luz vai ficar mais cara nos próximos três anos, sem contar os reajustes normais pela inflação.

Ouça o áudio acima.

Por Thiago Uberreich com edição de Claudia Gouvêa

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