Estado Islâmico comete genocídio contra yazidis na Síria e no Iraque, diz ONU

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/06/2016 16h03
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EFE ONU acusa o Estado Islâmico de cometer genocídio no Iraque e na Síria

Um painel investigativo da Organização das Nações Unidas (ONU) acusou o grupo extremista Estado Islâmico de cometer genocídio, crimes contra a humanidade e outros crimes de guerra contra a minoria yazidi que vive na Síria e no Iraque.

A Comissão de Investigação na Síria publicou hoje seu primeiro relatório especificamente sobre os crimes do Estado Islâmico contra os yazidis, um problema revelado após os ataques a comunidades desarmadas da etnia no nordeste do Iraque, em agosto de 2014. Muitos yazidis foram levados à Síria. Cerca de 3200 mulheres e crianças ainda estão cativas, disse o relatório.

O relatório de 41 páginas acusa o Estado Islâmico de estupro, escravidão sexual e outros crimes. O texto aponta que tais práticas fazem parte da estratégia do grupo para eliminar os yazidis, vistos como infieis.

“O Estado Islâmico comete genocídio, crimes de Guerra e crimes contra a humanidade contra homens, mulheres e crianças yazidis “, afirmou o presidente da comissão, Paulo Pinheiro, acrescentando que a prática ainda acontece neste exato momento.

A ONU estima que cerca de 5 mil homens da etnia foram mortos desde que o EI tomou controle do noroeste do Iraque, há cerca de dois anos, e que milhares de pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram aprisionadas. A maior parte da população yazidi, cerca de 400 mil pessoas, está em situação de refugiada.

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