Estado Islâmico diz que refém norte-americana morreu na Síria

  • Por Reuters
  • 06/02/2015 16h07

A agente humanitária Kayla Mueller EFE Refém americana

O grupo militante Estado Islâmico afirmou nesta sexta-feira que uma refém norte-americana que estava sendo mantida na Síria foi morta quando caças jordanianos atingiram um prédio onde ela estava, informou o grupo de monitoramento SITE.

Em Washington, autoridades norte-americanas disseram que não poderiam confirmar a morte da mulher, que foi identificada como a agente humanitária Kayla Mueller, de 26 anos, do Arizona.

Mueller foi a última refém norte-americana conhecida a ser capturada pelo Estado Islâmico, que controla amplas áreas da Síria e do Iraque e executou cinco trabalhadores humanitários britânicos e norte-americanos e jornalistas nos últimos meses.

A mais recente afirmação do grupo ocorre poucos dias depois da divulgação de um vídeo, na terça-feira, que parece mostrar o piloto jordaniano capturado Mouath al-Kasaesbeh sendo queimado vivo dentro de uma jaula.

A Jordânia imediatamente prometeu intensificar a ação militar contra o Estado Islâmico.

Nos EUA, um representante da família de Mueller disse que os parentes não tinham informações sobre a declaração do Estado Islâmico de que ela havia sido morta.

A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou a jornalistas durante uma conferência em Washington: “Não posso confirmar esses relatos.”

A Casa Branca disse que estava “profundamente preocupada” com a notícia, mas que não havia tido “qualquer evidência que corrobora a afirmação do Isil”, usando a sigla para o grupo.

O Estado Islâmico, em uma mensagem monitorada pelo SITE, declarou que Mueller morreu quando o prédio em que ela estava, perto de Raqqa, um importante reduto do grupo, desmoronou num ataque aéreo da Jordânia na sexta-feira.

“Os ataques aéreos foram contínuos no mesmo local por mais de uma hora”, disse o Estado Islâmico, de acordo com o SITE.

A Reuters e outras organizações de notícias ocidentais sabiam que Mueller estava sendo mantida refém, mas não revelaram o nome dela a pedido de membros de sua família, que acreditavam que os militantes a machucariam se o caso ganhasse notoriedade.

Mueller foi capturada ao deixar um hospital na cidade síria de Aleppo, em agosto de 2013. Ela tinha um longo histórico de voluntariado no exterior e se comoveu com o sofrimento dos civis na guerra na Síria.

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