EUA advertem que o Estado Islâmico é “muito mais que um grupo terrorista”

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2014 21h02

Washington, 21 ago (EFE).- Os Estados Unidos advertiram nesta quinta-feira que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) são “muito mais que um grupo terrorista” e asseguraram que avaliam “todas as opções” para acabar com eles apesar das ameaças dos radicais encarnadas no cruel assassinato do jornalista americano James Foley.

“O Estado Islâmico é muito mais que um grupo terrorista. São sofisticados, têm uma sólida estratégia e estão extremamente bem financiados”, afirmou hoje o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, em entrevista coletiva.

Hagel, que reiterou a intenção da Administração de Barack Obama de estabelecer uma operação “de longo prazo”, explicou que isto se deve ao fato que o EI não pode ser considerado uma ameaça passageira.

“A evidência é clara, o Estado Islâmico é bárbaro. São uma ameaça iminente”, admitiu Hagel perante os jornalistas após oferecer suas condolências à família do repórter, de 40 anos, cuja decapitação foi divulgada na internet pelos membros da jihad para advertir o governo americano pelos ataques que está realizando contra posições do grupo no Curdistão iraquiano.

No entanto, como já advertiu nesta quarta-feira o presidente americano, Barack Obama, o Pentágono executou hoje uma nova série de bombardeios seletivos contra as posições do EI no Iraque apesar do brutal assassinato do repórter e das ameaças que os terroristas fizeram sobre as vidas dos reféns estrangeiros que ainda estão em seu poder.

O chefe do Pentágono se referiu também à operação fracassada de resgate que revelaram na noite passada e na qual confirmou que previam resgatar vários dos reféns que os islamitas mantêm na região, entre eles Foley.

Perguntado pelos riscos da missão de resgate assim como por seu anúncio, Hagel disse que informar a opinião pública e as famílias dos sequestrados do acontecido foi uma “decisão unânime” dentro do governo, e ressaltou que em nenhum momento foram revelados detalhes da operação.

“Foi uma decisão da Administração abordar (que tinha acontecido) esta missão, reconhecendo que em cada ação ou inação que tomamos sempre há riscos”, comentou o secretário de Defesa.

Desde o último dia 8 de agosto, os EUA realizaram um total de 90 ataques no norte do Iraque, 57 deles em apoio às forças iraquianas e curdas que combatem o EI perto da estratégica represa de Mossul.

O apoio aéreo americano permitiu às autoridades locais recuperar várias cidades que tinham sido tomadas pelos jihadistas, assim como romper o cerco que estenderam sobre dezenas de milhares de pessoas pertencentes às minorias étnicas e religiosas que habitam na região. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.