EUA confirmam alerta a Honduras sobre plano de assassinato do presidente

  • Por Agencia EFE
  • 23/04/2015 16h38
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Washington, 23 abr (EFE).- O governo dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira que alertou as autoridades de Honduras no ano passado sobre um plano do narcotráfico para assassinar o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, depois desarticulado pelas forças de segurança do país.

“Vimos os relatórios de imprensa informarem que as forças de segurança de Honduras frustraram no ano passado um plano de narcotraficantes para assassinar o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández”, disse à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado americano, que pediu o anonimato.

“Quando recebemos informação crível sobre ameaças relacionadas com um líder estrangeiro, tratamos de assegurar que esse líder esteja informado sobre isso”, acrescentou a fonte.

Fontes oficiais hondurenhas informaram na segunda-feira à Efe sobre a trama frustrada em setembro para assassinar Hernández, na qual estavam envolvidos guatemaltecos, hondurenhos, colombianos e mexicanos que introduziram armas no país.

Segundo o chanceler hondurenho, Arturo Corrales, o plano de assassinar Hernández foi confirmado pelos Estados Unidos, cujas autoridades notificaram sobre o que estava ocorrendo.

Após o alerta americano, o serviço de inteligência hondurenho conseguiu desarticular o plano, o que não somente terminou na captura dos cidadãos do país e estrangeiros, mas também foram encontradas “armas que confirmavam a forma como o presidente ia ser assassinado”, de acordo com Currais.

O presidente de Honduras disse nesta terça-feira, em entrevista à Efe, que a trama frustrada contra si não o impediu de seguir trabalhando pelo “êxito do país”.

“O cenário vivido na região centro-americana e particularmente Honduras envolve muitos riscos, mas a determinação de seguir adiante vai além de mim como pessoa, é um tema que envolve todos os cidadãos do país e essa luta não pode parar”, disse Hernández.

Os narcotraficantes pensavam em atentar contra Hernández em 20 ou 21 de setembro, quando o governante chegasse de helicóptero ao aeroporto da cidade de Gracias, no ocidental departamento de Lempira, onde nasceu, segundo indicou o ministro de Segurança, Julián Pacheco.

Para a operação, os envolvidos, além de três metralhadoras antiaéreas e outros tipos de armas, também adquiriram motocicletas e quadriciclos, todos confiscados, para fugir rapidamente do local onde pensavam matar Hernández, acrescentou Pacheco. EFE

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