EUA creem que China está construindo bases militares em ilhas em disputa

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h28

Washington, 8 mai (EFE).- O Pentágono apresentou nesta sexta-feira seu relatório anual sobre o exército chinês, que indicou que o país está acelerando a construção de instalações em ilhas em disputa no Mar da China Meridional para utilizá-las como bases de operações militares.

Embora o relatório reconheça que o propósito final destes projetos em ilhas desabitadas em atóis disputados não esteja claro, apontou que “permitirão à China usá-los como bases persistentes de operações civis e militares e reforçar sua presença em áreas disputadas”.

Um dos projetos mais polêmicos é o das ilhas Spratly, reivindicadas pelas Filipinas, e onde a China precisou de apenas um ano para ganhar terreno ao mar cheios de recifes que quase não se levantava sobre a superfície, e onde atualmente constrói uma pista de aterrissagem.

“Quando estiverem prontas, estas instalações poderiam incluir portos, sistemas de comunicação e vigilância, apoio logístico e, pelo menos, uma pista de aterrissagem”, listou o relatório elaborado pelo Pentágono.

A China está tentando se estabelecer nestes atóis do Mar da China Meridional para consolidar sua presença diante de vizinhos como Vietnã, Filipinas, Malásia e Taiwan, enquanto pressiona mais ao norte, por motivos semelhantes o Japão, no Mar da China Oriental.

O Pentágono reconheceu que China mantém uma política, não colocada no papel, mas tacitamente estabelecida, de reivindicar como suas as águas do Mar da China Oriental, o que tem elevado as tensões militares com os outros países da região.

Em seu relatório, o Departamento de Defesa reiterou que a prioridade militar da China continua a ser estar preparada para um possível conflito com Taiwan, mas dá cada vez mais ênfase a estar pronta para contingências nos mares da China Meridional e Oriental.

“A modernização militar está focando progressivamente em investimentos para missões na periferia, incluída a projeção de força”, concluiu o relatório anual. EFE

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