Europa e América se unem por uma educação igualitária e adaptada às TICs

  • Por Agencia EFE
  • 28/05/2015 14h23
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Madri, 28 mai (EFE).- Diversas autoridades ibero-americanas e europeias uniram nesta quinta-feira suas vozes no VIII Seminário Internacional UE-América Latina para refletir sobre os benefícios, riscos e desafios das tecnologias em matéria de educação em ambos os lados do oceano Atlântico.

A presidente da Fundação Euro-América, Benita Ferrero-Waldner, explicou na abertura do seminário que a atual presença das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) nas sociedades está gerando “mudanças nos modelos e nas ferramentas utilizadas para a aprendizagem” perante as quais é preciso atuar.

Uma dos objetivos do ato, realizado na sede das instituições europeias em Madri, é promover a inovação e adaptação dessas novas tecnologias aos serviços de educação e à formação em ambas regiões.

Ferrero-Waldner destacou que as novas tecnologias no sistema escolar “enriquecem e potencializam a curiosidade e a experimentação”, ao mesmo tempo que advertiu sobre a necessidade de analisar os riscos e desafios existentes e “antecipar suas consequências”.

Um fator que considerou importante, especialmente para a América Latina, é que a educação seja uma “ferramenta acessível para todos” já que “não só é um motor de crescimento econômico, mas também de inclusão social e de redução da desigualdade”.

Segundo o secretário-geral da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, Paulo Speller, “conseguir na América Latina uma educação de qualidade” é um “desafio de dimensão histórica” para o qual são necessárias políticas que apontem nessa direção.

“Temos que apagar a marca registrada da desigualdade na América Latina”, disse Speller, que especificou que é preciso revalorizar o papel do docente para conseguir a transformação e fugir de “problemas e desajustes” no setor educativo.

Na cúpula de Veracruz (México) realizada em dezembro de 2014, os líderes ibero-americanos aprovaram um programa educativo através de uma aliança para a mobilidade acadêmica e que procura promover empresas abertas às práticas de trabalho dos jovens.

Neste sentido, Ferrero-Waldner apontou que há a pretensão de intensificar a cooperação entre ambas as regiões para alcançar um “espaço virtual europeu” e para situar como uma prioridade política “a internacionalização da educação superior”.

Durante este oitavo seminário participaram também, entre outros, o secretário de Cooperação Ibero-Americana da Segib, Salvador Arriola, e a diretora interina da representação da Comissão Europeia na Espanha, Aránzazu Beristain.

Ambos ressaltaram a necessidade de reforçar estes temas centrais na América Latina e no Caribe e, em particular, na região ibero-americana, para o desenvolvimento e o crescimento sustentável das regiões.

A Fundação Euroamérica, organização europeia independente e sem fins lucrativos, realiza uma seminário anual sobre as relações entre América Latina e a União Europeia para estimular a cooperação e o entendimento entre ambas zonas. EFE

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