Evo Morales e Francisco trocam presentes no palácio de governo

  • Por Agência EFE
  • 08/07/2015 23h10
EFE O papa Francisco e o presidente da Bolívia

papa Francisco e o presidente da Bolívia, Evo Morales, trocaram vários presentes no Palácio do governo de La Paz, entre eles uma cruz formada por uma foice e um martelo e o “Livro do Mar” entregues pelo líder nesta quarta-feira.

A troca foi feita após a reunião privada entre eles, que durou quase meia hora no Palácio Queimado.

Francisco comentou que o seu era “mais simples” do que o que recebeu do presidente boliviano.

Morales entregou a máxima condecoração da Bolívia, Condor dos Andes, e a distinção Luis Espinal, que foi criada para reconhecer quem professa uma fé religiosa e se destaca por defender os pobres, os marginalizados e os doentes.

Além disso, entregou uma cruz talhada no formato de foice e martelo, que é uma reprodução de uma feita pelo sacerdote jesuíta espanhol Espinal, assassinado em 1980 por paramilitares por seu compromisso com as lutas sociais na Bolívia, e a quem Francisco dedicou hoje uma homenagem perto de onde seu corpo foi encontrado.

O pontífice recebeu o “Livro do Mar”, um documento que resume os argumentos históricos, diplomáticos e jurídicos usados pela Bolívia para processar o Chile na Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia.

O processo pretende convencer a CIJ a obrigar o Chile a negociar com a Bolívia uma solução para a restituição da saída ao Pacífico perdida em uma guerra em 1879.

Francisco também recebeu um quadro que representa a Virgem da Cova, padroeira dos mineiros, elaborado com o grão de quinoa, alimento andino que a Bolívia promove mundialmente por seus venefícios.

Morales também deu ao papa uma fina vestimenta adornada com motivos das culturas andinas bolivianas e uma biografia sua.

Já Francisco presenteou Morales com um mosaico que reproduz o célebre ícone Salus Populi Romani, que desde 1611 ocupa a magnífica capela Paulina Papal Basílica de Santa Maria Maggiore.

E entregou a recente encíclica “Laudato se” (“Louvado seja”), seu primeiro documento pontifício sobre ecologia.

Após sair do Palácio, Morales e Francisco caminharam juntos cerca de vinte metros até a catedral, onde o pontífice fez um discurso para instituições da sociedade civil.

A multidão reunida diante do palácio de governo pedia que Francisco e Morales fossem à sacada, mas isso não ocorreu. 

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