Explosão de bomba na capital do Paquistão deixa ao menos 21 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 09/04/2014 06h44

(Atualiza com novo número de vítimas e acrescenta informações).

Islamabad, 9 abr (EFE).- Pelo menos 21 pessoas morreram e cerca de 80 ficaram feridas após a explosão de uma bomba nesta quarta-feira em um mercado nos arredores de Islamabad, a capital do Paquistão, informaram fontes oficiais da cidade à imprensa local.

O policial Sultan Mehmood disse à Agência Efe, que depois do meio-dia local (4h de Brasília) que três dos feridos não resistiram e morreram em dois hospitais da cidade de Rawalpindi, vizinha à capital, que se somam aos 18 mortos registrados logo depois do incidente.

A explosão ocorreu por volta das 8h locais (0h de Brasília) no mercado de Sabzi Mandi, onde os estabelecimentos comerciais da capital paquistanesa se abastecem de frutas e verduras e que estava cheio de gente.

Segundo a fonte, o mercado recebe “entre 2,5 mil e 3 mil pessoas” todas as manhãs. O estabelecimento, de grandes dimensões, se encontra a pouca distância de Pirwadhai uma das centrais de ônibus da cidade limítrofe de Rawalpindi.

O chefe de polícia da capital, Khalid Khattak, descartou que se trate de um atentado suicida e detalhou que a bomba estava alojada em uma caixa de frutas que estava sendo descarregada de um caminhão quando explodiu. Ainda não se conhece o objetivo do ataque.

Outro responsável das forças policiais da capital, Azam Taimuri, detalhou que a carga detonada era de aproximadamente cinco quilos.

Este é o segundo incidente terrorista em pouco mais de um mês na capital paquistanesa, depois do ataque suicida contra um tribunal no dia 3 de março no qual morreram 11 pessoas, entre elas um magistrado.

Aquele atentado foi reivindicado por um pequeno grupo insurgente denominado Ahrarul Hind, que disse ser contrário ao atual processo de diálogo entre o governo e o principal grupo talibã do país, Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP).

Este grupo negou sua participação nos incidentes violentos ocorridos desde o início do cessar-fogo que foi decretado no princípio de março e que na semana passada foi prorrogado até 10 de abril, quando a cúpula talibã decidirá que rumo vai seguir.

Citado pela imprensa local, o porta-voz talibã, Shahidulah Shahid, desvinculou seu grupo do ataque de hoje e afirmou que outras facções estão usando o nome do TTP para encobrir ataques como este.

O Paquistão viveu um notável aumento das ações terroristas no último ano.

Segundo o recente relatório de um centro de estudos local, aconteceram no ano passado no país asiático mais de 1,7 mil atentados – 61% deles cometidos pelo TTP e seus aliados -, nos quais cerca de 2,5 mil pessoas morreram, um número 19% maior que em 2012. EFE

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