Falta de chuvas prejudica os níveis dos reservatórios em São Paulo
Represa-reserva Jaguari
Represa-reserva JaguariCom o baixo volume de chuva em agosto, os níveis dos reservatórios dos seis sistemas de abastecimento administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) continuam em queda. No maior deles, o Cantareira, o nível baixou 0,1 ponto percentual.
O deficit hídrico nesse manancial está em 125,8 milhões de metros cúbicos. A frente fria que passou pela capital paulista e municípios vizinhos provocou apenas alguns chuviscos, insuficientes para minimizar os efeitos da estiagem. Abastecendo mais de 5 milhões de pessoas, o volume de chuva acumulada no mês, no Cantareira, é apenas 0,9 milímetros (mm).
Nos demais mananciais, também houve recuo no armazenamento. No Alto Tietê, o armazenamento caiu de 15,3% para 15,1%. No Guarapiranga, de 70,1% para 69,9%. No Alto Cotia, de 55,4% para 55,2%. No Rio Grande, de 83,4% para 83,3% e, no Sistema Rio Claro, de 62,9% para 62,8%.
Na última terça-feira, o governo do estado de São Paulo publicou portaria reconhecendo, oficialmente, como crítica a condição hídrica do estado. Esse reconhecimento já vinha sendo cobrado há tempos pelo Ministério Público, que, em março deste ano, instaurou um inquérito civil para apurar irregularidades e degradação ambiental em obras no Sistema Alto Tietê para o enfrentamento da crise hídrica.
Diante disso, poderão ser suspensas as licenças de captação particulares de águas superficiais e subterrâneas como forma de priorizar o abastecimento público em vez da agricultura e da indústria.
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