Familiares de Freddie Gray se dizem satisfeitos pela acusação de policiais

  • Por Agencia EFE
  • 01/05/2015 19h56

(Corrige título).

Washington, 1 mai (EFE).- Os familiares de Freddie Gray, o jovem negro morto sob custódia policial em Baltimore, nos Estados Unidos, se mostraram “satisfeitos” com a decisão da procuradoria de apresentar acusações contra seis policiais envolvidos na detenção.

“Estamos satisfeitos com a apresentação de acusações”, explicou o padrasto de Gray, Richard Shipley, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

“Essas acusações são o primeiro passo para se obter justiça para Freddie”, acrescentou Shipley, ao defender a manutenção da paz na cidade americana, perante os graves distúrbios ocorridos na segunda-feira passada.

Em uma entrevista ao site Buzzfeed, a mãe de Gray, Gloria Darden, se mostrou aliviada pelo fato de todos os seis agentes terem sido “apanhados” e comentou que seu filho já pode “descansar em paz”.

Horas antes, a procuradora estadual de Baltimore, Marilyn Mosby, apresentou acusações contra seis policiais pela morte de Gray.

Um deles será acusado de assassinato em segundo grau (acusação mais grave), e outros dois receberão acusações de homicídio involuntário, enquanto os demais deverão responder por ataque e descumprimento do dever.

Mosby assegurou, após revisar os resultados de um investigação independente, que Gray foi algemado nos punhos e tornozelos, colocado em um furgão policial sem cinto de segurança, jogado no chão e lhe foram negados os primeiros socorros, apesar de a vítima ter pedido atendimento médico.

A morte de Gray desencadeou uma onda de protestos em Baltimore que, no dia de seu funeral, na última segunda-feira, culminou em graves distúrbios por toda a cidade, na declaração do estado de emergência, na imposição de um toque de recolher desde terça-feira e em centenas de detenções.

O advogado da família Gray, Billy Murphy, disse que não têm pressa em que a justiça tome seu curso, mas pediu uma mudança na cultura policial que permitiu os maus-tratos contra seu cliente, que foi detido apesar de não ter cometido crime algum. EFE

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