Farc cumprimentam esforços de Cuba e EUA para normalizar suas relações

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 02h06
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Havana, 17 dez (EFE).- A delegação de paz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) cumprimentou nesta quarta-feira os “esforços” de Cuba e Estados Unidos para normalizar suas relações e, em particular, comemoraram a libertação e o retorno dos três agentes cubanos estavam presos nos EUA desde 1998.

“Cumprimentamos os esforços dos governos de Cuba e dos EUA encaminhados a normalizar suas relações diplomáticas depois de mais de meio século de bloqueio econômico, comercial e financeiro”, afirmou a guerrilha em comunicado divulgado em seu blog.

No texto, as Farc louvaram a libertação por parte dos EUA “dos três heróis cubanos, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino” afirmando que “a alegria do povo cubano por este fato histórico, é também nossa alegria”.

As Farc, que desde 2012 mantém conversas de paz com o governo colombiano em Cuba, destacaram que o caso dos agentes cubanos “encontrou, finalmente, pela via diplomática, a solução sensata que o mundo desejava”.

“Esperamos que esta libertação suponha o início de uma nova época nas relações entre os EUA e os povos soberanos do continente americano, onde o respeito à soberania nacional prevaleça e ninguém seja punido por exercer seu direito à autodeterminação e por lutar contra a injustiça”, frisou o grupo insurgente.

“Saúde Fidel, saúde Raúl, vivam os cinco heróis, viva o digno povo de Cuba!”, concluiu.

Os governos de Cuba e Estados Unidos anunciaram hoje um acordo para restabelecer suas relações diplomáticas, que haviam sido interrompidas em 1961, no que representa um primeiro passo para normalizar os vínculos e aplanar o caminho para o fim do bloqueio econômico exercido por Washington sobre Havana desde 1962.

Os países iniciaram as negociações há mais de um ano, no Canadá, , onde aconteceu a maior parte dos encontros, com a mediação do papa Francisco e do governo canadense.

Fruto dessas conversas, os dois países decidiram pela libertação, concretizada hoje, do funcionário terceirizado americano Alan Gross, preso por subversão em Cuba em cinco anos; assim como dos três agentes cubanos do grupo conhecido como “Los Cinco”, que permaneciam presos nos Estados Unidos.

Além disso, Havana libertou um oficial de inteligência de origem cubana que trabalhou para os Estados Unidos e estava preso há quase 20 anos na ilha, e se comprometeu a soltar mais de 50 presos políticos. EFE

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