Governo não faz projeções para aumentar tributos, diz Levy

  • Por Agencia Brasil
  • 25/05/2015 12h37
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O presidente do Carf, Carlos Alberto Barreto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, durante coletiva no ministério (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) Marcello Casal Jr./ABr Joaquim Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou nesta segunda-feira (25) que não tem feito projeções envolvendo a possibilidade de elevar tributos, como, por exemplo, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre aplicações no mercado financeiro. Segundo ele, é importante o governo agir com calma quando se trata de tributação.

“A gente tem que ir com calma na parte dos impostos. Não adianta a gente inventar novos impostos como se fosse salvar a economia brasileira. Não é por aí. Temos uma coisa mais profunda, que não se resolve com coisas fáceis, por mais emocionantes que possam ser ou atávicas [habituais] que possam ser”, destacou.

Levy disse ainda que disse ainda que a dimensão dos desafios que o governo tem pela frente pode ser exemplificada pelo anúncio do contingenciamento (retenção de gastos), ocorrido na sexta-feira (22) sobre ono valor de R$ 69,9 bilhões. ”O governo cortou na carne com equilíbrio e cautela”, disse o ministro.

De acordo com Levy, o contingenciamento foi feito com muito cuidado, tendo como base uma estratégia do governo. Segundo ele, há uma questão que é estrutural: as condições da economia brasileira mudaram. Um dos focos do governo agora é elevar a produtividade,

Outra questão que preocupa, segundo o ministro da Fazenda, é a arrecadação. Conforme lembrou, a arrecadação nos último anos tem caído proporcionalmente à participação da receita no Produto Interno Bruto (PIB).

“Como o orçamento prevê receitas e autoriza despesas – acrescentou o ministro – essas [despesas] não estão nem próximas com aquilo que está o previsto. Cortou-se como muita cautela e com muito equilíbrio na medida em que se poderia fazer sem colocar em risco o crescimento econômico. O PIB não está devagar por causa do ajuste, mas a gente está fazendo o ajuste porque o PIB vinha devagar”, concluiu.

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