Grupo invade prédios oficiais no México para exigir que jovens apareçam vivos
Chilpancingo (México), 13 out (EFE).- Um grupo de professores, estudantes e familiares dos 43 jovens que desapareceram há 17 dias rodeou e bloqueou o acesso à sede do governo e do Congresso de Guerrero, no sul do México, para protestar nesta segunda-feira contra a lentidão das investigações e exigir que apareçam vivos.
Por volta das 11h locais (13h de Brasília), 600 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, acompanhados de vários parentes, rodearam o palácio de governo situado em Chilpancingo, capital de Guerrero.
O grupo bloqueou o edifício com correntes para exigir um encontro com o governador, Ángel Aguirre, que aparentemente não está no prédio, e assegurou que não sairá dali até que seus companheiros apareçam com vida.
Do edifício, no qual se encontram funcionários do governo, não deixam ninguém entrar nem sair, e para intensificar seu protesto estão lançando algumas bombas de efeito moral dentro do recinto.
Por outro lado, aproximadamente 100 professores da Coordenadora Estadual de Trabalhadores da Educação de Guerrero (Ceteg) tomaram também nesta manhã o edifício do Congresso estadual para tentar falar com os deputados sobre os desaparecimentos.
Além disso, alunos das escolas normais do estado de Michoacán (dedicadas à formação de professores) se apoderaram de 23 ônibus privados desde quinta-feira passada para viajar para Guerrero e apoiar os protestos de seus companheiros, confirmaram à Agência Efe fontes da Câmara Nacional de Autotransporte de Passagem e Turismo.
Os manifestantes exigem a aparição de 43 estudantes que desapareceram no último dia 26 de setembro na cidade de Iguala, após uma noite de violência na qual seis pessoas foram mortas por policiais locais, que supostamente estavam a serviço do cartel dos Guerreros Unidos.
Por vinculação com este caso há quase 40 detidos, a maioria policiais, enquanto estão sendo analisados os restos achados em várias fossas clandestinas para determinar se correspondem aos estudantes desaparecidos. EFE
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