Grupos de autodefesa mexicanos dão boas-vindas a comissário especial

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2014 15h45

Cidade do México, 16 jan (EFE).- Os grupos civis que pegaram em armas para defender-se do crime organizado em Michoacán deram nesta quinta-feira as boas-vindas à nomeação de um comissário especial para restabelecer a segurança nesse estado do sudoeste do México.

“Damos as boas-vindas e estamos às suas ordens no momento em que solicitar”, disse hoje à emissora “MVS” Estanislao Beltrán, um dos líderes dos grupos de autodefesas, em referência à chegada ao estado de Alfredo Castillo para dirigir os esforços destinados a acabar com a onda de violência que castiga essa região.

Através de um decreto, o presidente Enrique Peña Nieto criou na quarta-feira a Comissão para a Segurança e o Desenvolvimento Integral de Michoacán e pôs à frente da mesma o advogado Castillo, que há anos faz parte de seu círculo de confiança.

Beltrán espera que a comissão dê “bons resultados” e destacou que as autodefesas estarão avaliando seu trabalho em Michoacán para “determinar em algum momento” se vão entregar as armas.

Estes grupos surgiram há um ano para defender-se do cartel dos Cavaleiros Templários perante a falta de ação das autoridades e a suspeita que os corpos policiais municipais estão a serviço do crime organizado.

Os Templários, que surgiram no final de 2010 como uma cisão da Família Michoacana, se dedicam à produção e ao tráfico de drogas, mas também ao sequestro e à extorsão, e são apontados como autores de homicídios e roubos.

Nas últimas semanas se aguçou uma crise de segurança na região perante a expansão das autodefesas em direção a mais municípios de Michoacán, o que motivou a resposta do crime organizado com a queima de veículos, lojas e escritórios governamentais, assim como o corte de estradas.

Perante a escalada da violência, o governo federal lançou esta semana uma vasta operação para recuperar o controle da região de Tierra Caliente, considerada o principal reduto dos templários, e deu um ultimato às autodefesas, às quais exigiu integrar-se aos corpos policiais ou a deixar suas armas e retornar a seus locais de origem. EFE

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