Grupos de caridade se opõem a fechamento de campo de refugiados na França
Grupos que trabalham com caridade estão se manifestando contra a decisão do governo francês de fechar um dos maiores campos de refugiados e de imigrantes no norte no país, na cidade de Calais.
Apesar de não ter dado uma data específica para o fechamento, o governo da França confirmou que irá demolir o campo existente na cidade, conhecido como “Selva”, até o final deste ano, para dispersar os ocupantes. Já na próxima semana um grupo deve ser retirado da área.
Algumas organizações de ajuda humanitária se opõem à decisão do governo, que expulsaria do local cerca de 10 mil refugiados e imigrantes de países em conflito como Síria, Iraque e Afeganistão.
O grupo francês Emmaus, de origem católica, afirma que a atitude não trará soluções efetivas. “As pessoas continuarão voltando enquanto não formos capazes de oferecer uma solução para o plano de vida delas”, diz Thierry Khun, presidente do grupo.
Muitos refugiados estariam, na verdade, na França numa tentativa de alcançar o Canal da Mancha e conseguir chegar ao Reino Unido, de acordo com a organização.
“O governo diz que as pessoas em Calais estão procurando asilo no país, mas eles não fazem ideia que muitos deles querem chegar ao Reino Unido”, afirma outro membro do Emmaus, Frederic Amiel.
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