Hamas agradece apoio de países latino-americanos sobre ofensiva em Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 03/08/2014 09h03

Cairo, 3 ago (EFE).- O número dois do movimento palestino Hamas, Moussa Abu Marzuq, agradeceu neste domingo o chamado de Brasil, Chile, Equador, Peru e El Salvador de consultas da seus respectivos embaixadores em Israel diante da ofensiva contra Gaza.

Em entrevista à Agência Efe no Cairo, Abu Marzuq expressou sua “grande valorização destes países pela solidariedade mostrada com o povo palestino”.

“Quero aproveitar a ocasião para dirigir nosso agradecimento aos povos e governos de Brasil, Equador, Chile, Peru e El Salvador”, disse.

Estes países chamaram seus embaixadores em Israel para consultas nas últimas duas semanas em protesto pelos “bombardeios indiscriminados e o não respeito ao direito internacional humanitário”, como apontaram os diferentes governos.

A reação de Israel não demorou, e o governo de Netanyahu mostrou sua “profunda decepção” por esta decisão, que considerou “um respaldo à organização terrorista Hamas”.

Quanto à postura da comunidade internacional, o dirigente do Hamas ressaltou que de modo geral foi favorável aos palestinos, porque condenaram as operações israelenses.

As críticas foram dirigidas aos Estados Unidos, a quem acusou de ter “sempre uma posição parcial a favor de Israel”.

“Nossas crianças e mulheres são assassinadas com armas americanas”, denunciou.

Abu Marzuq também considerou que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se precipitou ao acusar o Hamas esta semana de romper a trégua.

“Ele se apressou muito antes de se informar dos fatos e se comportou como um funcionário do Departamento de Estado americano”, lamentou.

Mais de 1.700 palestinos morreram e cerca nove mil ficaram feridos desde o início da operação Limite Protetor, em 8 de julho.

Nenhum dos esforços mediadores e dos anúncios de trégua teve sucesso até o momento, embora hoje haja mais uma tentativa no Cairo, onde haverá uma reunião entre mediadores egípcios e uma delegação unificada das diferentes facções palestinas. EFE

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