Hamas diz que Israel deve se preparar “para os dias mais duros”

  • Por Agencia EFE
  • 20/08/2014 10h22
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Gaza, 20 ago (EFE).- O porta-voz o movimento islamita Hamas em Gaza, Fawzi Barhoum, afirmou nesta quarta-feira que Israel deve se preparar “para os dias mais duros jamais vistos” e qualificou de “estúpidas” as ameaças do ministro israelense de Relações Exteriores, o ultradireitista Avigdor Lieberman.

“As palavras de Lieberman de que a guerra vai continuar até o Hamas se render são estúpidas”, afirmou o porta-voz islamita em um comunicado.

“Este tipo de declaração vai mergulhar a população israelense no inferno e os ocupantes (Israel) devem se preparar para dias difíceis e duros como nunca se viu antes”, ameaçou.

Poucas horas antes, aviões de combate israelenses atacaram uma casa em Gaza onde supostamente estava Mohamad Al Deif, o líder do braço militar do movimento islamita.

O ataque matou a esposa e a filha de Al Daif e mais uma terceira pessoa. Além disso, 45 pessoas ficaram feridas.

A imprensa israelense especulou que a terceira pessoa morta, que não foi identificada, poderia ser o próprio Al Deif, que no passado escapou de outras cinco tentativas de assassinato.

No entanto, não há confirmação do fato e depois os meios de comunicação praticamente descartaram a hipótese. Os ministros israelenses de Interior, Gideon Saar, e da Justiça, Tzipi Livni, defenderam o ataque.

Nas últimas horas, um bombardeio israelense contra uma casa na cidade de Beit al-Balah, no centro de Gaza, matou oito pessoas da mesma família, informou o porta-voz de emergências da Faixa de Gaza, Ashraf al Qedra.

Membros dos serviços de resgate desenterraram o corpo sem vida de um bebe dos escombros da casa.

Al Qedra confirmou que mais três pessoas perderam a vida em bombardeios noturnos ao longo da Faixa de Gaza, o que eleva para 14 o número de palestinos mortos por ataques israelenses desde que o cessar-fogo foi quebrado na terça-feira.

Mais de dois mil palestinos morreram, a maioria civis, no atual conflito. Além disso, 64 soldados israelenses morreram em combates com milicianos e um civil israelense, um beduíno e um trabalhador asiático atingidos por algum dos mais de três mil foguetes lançados desde a Faixa. EFE

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