Interpol acredita que avião desaparecido não sofreu atentado

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2014 10h03

Lyon (França), 11 mar (EFE).- A Interpol afirmou nesta terça-feira sobre o avião desaparecido da Malaysia Airlines que “quanta mais informação temos, mais pensamos que não se tratou de um atentado terrorista”.

O secretário-geral de Interpol, Ronald K. Noble, revelou em entrevista coletiva a identidade de dois iranianos que embarcaram com passaportes roubados no voo MH370, um dado com o qual pretendem obter mais informação para “determinar se o caso se tratava ou não de um atentado terrorista”.

Interpol mostrou a imprensa uma imagem supostamente dos dois passageiros que embarcaram no avião em Kuala Lumpur (Malásia), onde chegaram em 28 de fevereiro procedente de Doha (Catar) com documentação iraniana.

Trata-se, segundo a informação que consta em seus passaportes iranianos, de Pouri Mour Mohammadi, de 19 anos, e de Delavar Seyed Mohammadreza, de 29.

A Interpol explicou que inicialmente tinham sido identificados outros três passaportes suspeitos, um canadense, um moldávio e um indonésio, mas que no final não se comprovaram roubados.

O avião, no qual viajavam 239 pessoas entre a capital da Malásia e Pequim, desapareceu dos radares uma hora após a decolagem, no sábado passado, e até agora não foi localizado.

Noble assegurou que a colaboração com os outros países na investigação é boa, mas disse que a Ásia deveria utilizar com maior frequência a base de dados criada em 2002 que contém informação de documentação roubada.

“Quatro de cada dez passageiros em voos internacionais poderiam estar em posse de passaportes que foram declarados roubados”, disse Noble.

O funcionário explicou que costumam ser seus proprietários legítimos que, após denunciarem sua perda, os encontram e voltam a utilizá-los.

Os países que recorrem com maior frequência à base de dados criadas por causa do atentado do 11 de setembro de 2001 são Estados Unidos, Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos, por isso a Interpol insistiu que se reforcem os controles nas fronteiras. EFE

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